Nacional | 02-08-2023 15:27

Papa cita Camões, Pessoa, Saramago, Sophia e Amália

Papa Francisco
Papa Francisco em visita a Fátima

Francisco tem prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima, no sábado, para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

O Papa citou hoje Camões, Pessoa, Saramago, Daniel Faria, Sophia e a fadista Amália no seu primeiro discurso no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, cidade que por estes dias se torna “a capital do mundo”.
“Estou feliz por estar em Lisboa, cidade do encontro que abraça vários povos e culturas e que, nestes dias, se mostra ainda mais universal. Torna-se, de certo modo, a capital do mundo”, afirmou Francisco, num encontro com autoridades, sociedade civil e corpo diplomático, no Centro Cultural de Belém.
Segundo Francisco, que falou em italiano, a capital portuguesa tem um “caráter multiétnico e multicultural”, exemplificando com o bairro lisboeta da Mouraria, “onde convivem pessoas provenientes de mais de 60 países” e revela os traços cosmopolitas de Portugal, que afunda as suas raízes no desejo de se abrir ao mundo e explorá-lo, navegando rumo a novos e amplos horizontes”.
Depois, referindo-se ao Cabo da Roca, onde está gravada uma frase de Luís de Camões d’“Os Lusíadas” - “aqui… onde a terra se acaba e o mar começa” - , sublinhou que “durante séculos se acreditou que lá estivessem os confins do mundo”.
“E, em certo sentido é verdade, porque este país confina com o oceano, que delimita os continentes”, adiantou, num discurso onde o oceano esteve sempre presente.
E, do oceano, Lisboa, conserva o abraço e o perfume”, prosseguiu, fazendo seu, “com muito gosto, aquilo que os portugueses costumam cantar: ‘Lisboa tem cheiro de flores e de mar’”, de Amália Rodrigues, da canção “Cheira bem, cheira a Lisboa”.
As citações de escritores portugueses prosseguiu com Sophia de Mello Breyner Andresen e “mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim”, quando considerou que “muito mais do que um elemento paisagístico, o mar é um apelo que não cessa de ecoar no ânimo de cada português”.
E depois citou o poeta Daniel Faria “Deus do mar dá-nos mais ondas, Deus da terra dai-nos mais mar”.
“À vista do oceano, os portugueses são levados a refletir sobre os imensos espaços da alma e sobre o sentido da vida no mundo”, referiu
No discurso, o primeiro por ocasião da JMJ, referiu-se ainda “às palavras ousadas” de Fernando Pessoa: “navegar é preciso, viver não é preciso (…), o que é necessário é criar”.
Por fim, há ainda referência a José Saramago, “O que dá verdadeiro sentido ao encontro é a busca; e é preciso andar muito, para se alcançar o que está perto”.

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