Nacional | 12-09-2023 10:17

Simulador de envelhecimento antecipa as limitações da idade

Simulador de envelhecimento antecipa as limitações da idade

É “baseado em distorção física da audição e da visão e tem aspectos mecânicos que alteram a marcha”, para simular o “agravamento de algumas situações” e tarefas diárias.

A ANGES – Associação Nacional de Gerontologia Social está a utilizar um simulador que permite perceber o processo de envelhecimento e as consequentes limitações que vão surgindo com a idade mais avançada.

O presidente da ANGES e docente do Politécnico de Leiria, Ricardo Pocinho, explicou à agência Lusa que a associação integra uma rede de parceiros que têm contribuído para o “projecto alemão Wolfgang Moll, Age simulation suit GERT”.

Através de um simulador analógico é possível “verificar as alterações na audição, na visão, no equilíbrio e em todas aquelas que são as limitações articulares e musculares influenciadas pela idade”.

“O que temos feito é validar, através de protocolos de ciência, um conjunto de actividades com pessoas que estão em perfeita idade funcional - e muito longe da idade que se relaciona normalmente com o envelhecimento. O que simula esta ferramenta são apenas os sintomas do envelhecimento”, afirmou Ricardo Pocinho.

Segundo avançou, o equipamento é “baseado em distorção física da audição e da visão e depois tem alguns aspectos mecânicos que alteram a marcha”, isto para reflectir “as condições articulares das ancas, dos joelhos, dos tornozelos, das mãos, dos punhos e dos cotovelos”, sendo possível simular o “agravamento de algumas situações” e tarefas diárias.

“Não envelhecemos, sobretudo se tivermos alguns cuidados, só quando temos a idade sénior - referência dos 65 anos -. Envelhecemos todos os dias. A partir dos 40 começamos a ter este tipo de perdas, ainda que pouco. O simulador agudiza-as ao máximo e consegue que as pessoas percepcionem quais vão ser as suas dificuldades quando tiverem 70 ou 80 anos”, reforçou.

Ricardo Pocinho considerou que este simulador tem sido um “óptimo instrumento até de suporte ao ensino, formação e vocação”.

Segundo o docente do Politécnico de Leiria, o projecto está numa fase de ‘upgrade’, o que irá permitir incrementar doenças ao simulador. “Dentro de menos de um ano conseguiremos simular pessoas com Parkinson, com diabetes, com retinopatia e com alterações na visão, com esclerose lateral amiotrófica. Ou seja, doenças. Nesta fase, estamos a simular apenas aquilo que é mecânico, o que vai acontecer de uma forma geral a todos”, afirmou.

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