Maioria dos que assistem a espectáculos ao vivo em Portugal entram à borla
Em 2022 os espectáculos ao vivo geraram 147,3 milhões de euros de receita, o maior valor desde 1979, mas só menos de metade dos espectadores pagou bilhete
Os espectáculos ao vivo geraram 147,3 milhões de euros de receita de bilheteira em 2022, o que representa o maior valor desde 1979, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o relatório anual estatístico de Cultura de 2022, divulgado hoje pelo INE, “verificou-se uma forte recuperação nos espectáculos ao vivo, tendo o número de sessões, de bilhetes vendidos e o valor das receitas superado os registados nos anos pré-pandemia”.
Os dados indicam que em 2022 os espectáculos ao vivo, como concertos, teatro e dança, somaram 14,9 milhões de espectadores e geraram 147,3 milhões de euros de receita de bilheteira.
Em 2019, antes da pandemia da covid-19, os valores situaram-se em 16,9 milhões de espectadores e 125,3 milhões de euros de receitas.
Numa análise alargada dos dados, os 147,3 milhões de euros de receita registados em 2022 representam o maior valor gerado em espectáculos ao vivo em Portugal desde 1979. No entanto, dos 14,9 milhões de espectadores, a maioria (8,2 milhões) viu espectáculos ao vivo com bilhetes oferecidos, o que significa que a receita foi gerados pela venda de 6,6 milhões de bilhetes.
Em 2022, os concertos de música também foram os que registaram mais espectadores (8,2 milhões) e os que geraram maior receita de bilheteira (108,7 milhões de euros).
Há ainda a sublinhar que o preço médio dos bilhetes para os espectáculos ao vivo atingiu os 22,2 euros em 2022, ou seja, oito euros mais caro do que em 2021.
Os concertos de pop/rock foram os que tiveram preço de bilhete mais elevado (em média 35,2 euros) e os espectáculos de circo os mais baratos (em média 5,2 euros).
Em 2019, antes da pandemia da covid-19, o preço médio de um bilhete para um espectáculo ao vivo (música, teatro, dança, entre outros) foi de 20,8 euros.