Nacional | 22-12-2023 13:45

Vandalizaram a fachada da câmara municipal e hastearam a bandeira da Palestina na varanda

Presidente do município lisboeta, Carlos Moedas diz que,"mais "um acto selvagem e bárbaro" se tratou da vandalização de princípios da democracia.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, manifestou hoje “profundo repúdio” contra a acção levada a cabo por 'activistas' solidários com o Coletivo de Libertação da Palestina, que pintaram durante a madrugada a fachada da autarquia.
“O que aconteceu esta madrugada na Casa da República, e de todos nós, é mais do que um ato selvagem e bárbaro. É a vandalização de princípios da democracia no seu estado mais puro”, disse Carlos Moedas, numa nota enviada à Lusa.
Os intervenientes hastearam hoje a bandeira da Palestina na varanda da Câmara de Lisboa e pintaram a fachada do edifício e, em comunicado, apontam ao presidente da autarquia, Carlos Moedas, o “apoio incondicional (…) ao genocídio e apartheid israelitas”.
Carlos Moedas reconheceu que o ato “é um atentado levado a cabo a um património classificado e único da cidade e país”, frisando esperar que todos os grupos políticos representados no executivo municipal “possam também publicamente acompanhar e condenar este crime contra a nossa cidade”.
Como exemplo do “apoio incondicional” de Moedas ao Estado israelita, os ativistas apontam ainda o que o autarca escreveu na rede social X (ex-twitter) horas depois de começarem os bombardeamentos: “Lisboa está com Israel e o povo israelita, pela paz e a liberdade".
Lembram igualmente que em 10 de outubro, “um dia depois de o ministro da defesa israelita, Yoav Gallant, ter descrito pessoas palestinianas como ‘animais humanos’" e de ter prometido um cerco total a Gaza, o autarca se juntou à vigília em solidariedade com o estado israelita promovida pelo embaixador Dor Shapira.

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