Cerca de um quarto dos médicos aderiu ao regime de dedicação plena
Na região, aderiram 18 especialistas da ULS Médio Tejo; 7 da ULS da Lezíria do Tejo e 18 da ULS do Estuário do Tejo. Na Medicina Geral e Familiar a adesão é automática podendo a renúncia ser feita até 25 de Março.
Quase 2.900 médicos aderiram voluntariamente à dedicação plena desde que entrou em vigor há dois meses, representando cerca de 24% do universo de 12 mil especialistas que trabalham nos hospitais do SNS, segundo dados oficiais avançados hoje à Lusa.
“O balanço dos dois primeiros meses de adesão à dedicação plena é francamente positivo, com 2.860 médicos a aderir a este regime nos diferentes hospitais do Serviço Nacional de Saúde”, disse à agência Lusa uma fonte oficial do Ministério da Saúde.
Segundo a mesma fonte, este valor representa cerca de 24% do universo de 12 mil especialistas que trabalham nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“O número total de médicos especialistas nos hospitais do SNS é de cerca de 15 mil, mas mais de 2.500 estão no regime de dedicação exclusiva”, acrescenta.
A fonte salienta que estes números consolidam a entrada em vigor de um modelo de trabalho que tem como objectivo aumentar o acesso a cuidados de saúde por parte dos cidadãos e contribuir também para a satisfação e fixação de mais médicos no SNS.
Este balanço não inclui as especialidades de saúde pública e de medicina geral e familiar, uma vez que estas duas especialidades têm um modelo de adesão automática ao novo regime, devendo os médicos que não pretendam trabalhar em dedicação plena apresentar a sua renúncia a este regime até ao dia 25 de Março.
Segundo os dados, as Unidades Locais de Saúde (ULS) de São João e Santo António, ambas no Porto, foram as que registaram o maior número de adesões de especialistas, com 346 e 253, respectivamente. Na região, aderiram 18 na ULS Médio Tejo (Abrantes/Tomar e Torres Novas); 7 na ULS da Lezíria (Santarém)e 18 na ULS do Estuário do Tejo (Vila Franca de Xira).
O regime de dedicação plena, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2024, prevê um horário de 35 horas semanais com acréscimo de cinco horas, assim como o aumento do teto máximo de horas extra para 250 e o trabalho aos sábados para médicos que não façam urgências. Em contrapartida, é garantido um suplemento correspondente a 25% do salário base