Nacional | 15-04-2024 13:35

Julgamento de donos de empresa de massagens por promoverem prostituição

Julgamento de donos de empresa de massagens por promoverem prostituição

São acusados de ter contratado seis mulheres que trabalhavam em quatro espaços diferentes cobrando entre 60 e 150 euros por actos sexuais.

Uma empresa e os seus três gerentes começam a ser julgados na terça-feira, no Tribunal de Coimbra, por suspeitas de recrutarem mulheres para a prostituição sob o disfarce de supostas massagens.

Os três arguidos – uma empresária de 31 anos, uma esteticista de 38 anos e um chefe de manutenção mecânica divorciado – eram gerentes de uma empresa, com sede em Tentúgal, que tinha como objecto social actividades relacionadas com o bem-estar, como banhos turcos, saunas e massagens, entre outras, refere a acusação a que a agência Lusa teve acesso.

A partir do início de 2018, os três arguidos terão colocado anúncios no ‘site’ OLX e no jornal Diário de Coimbra com o objectivo de recrutarem mulheres “para o exercício da actividade de prostituição, sob o disfarce de massagistas”, acusa o Ministério Público.

Segundo a acusação, os arguidos terão contratado seis mulheres que trabalhavam em quatro espaços diferentes detidos pela empresa, dois em Coimbra, um na Figueira da Foz e outro em Leiria.

Dentro dos espaços, as mulheres cobravam valores previamente fixados pelos arguidos, que iam de 60 euros por “massagens em que as funcionárias envergavam apenas uma bata”, a 120 euros ou 150 euros por massagens de “descompressão manual, que incluíam actos masturbatórios e/ou outras práticas sexuais, incluindo cópula”.

De acordo com o Ministério Público (MP), as mulheres contratadas recebiam inicialmente formação por parte da esteticista que fazia parte da gerência da empresa e eram incentivadas a “praticar actos sexuais com os clientes” e ficavam com 50% do valor cobrado

A acusação refere ainda que os estabelecimentos explorados pelos arguidos acabaram por interromper a sua actividade em Março de 2020, devido à pandemia de covid-19. No entanto, um dos estabelecimentos foi reaberto, já depois de o inquérito criminal ter sido aberto.

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