Nacional | 19-09-2024 11:49

"É dada menos atenção à saúde das mulheres do que à dos homens"

Organização MOG relembra dados de estudos, a propósito do Dia Mundial do Cancro Ginecológico, que se assinala amanha, 20 de Setembro.

Em Portugal, cerca de três mil mulheres são diagnosticadas com cancro ginecológico a cada ano, segundo o observatório mundial do cancro. A informação é divulgada pela MOG Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos, a propósito do Dia Mundial do Cancro Ginecológico, que é assinalado amanhã, 20 de Setembro.

No comunicado é recordado que os cancros normalmente silenciosos e detectados em fase avançada, os cancros ginecológicos são por vezes esquecidos, tal como acontece com a saúde das mulheres.

"Dados divulgados no Fórum Económico Mundial, apontam que: combater a menor atenção que é dada à saúde das mulheres, em comparação com a dos homens, permitiria estimular a economia mundial com 920 mil milhões de euros por ano até 2040.", refere a MOG.

"Cancro do ovário, útero (endométrio), colo do útero e outros cancros ginecológicos estão entre os mais comuns nas mulheres, mas que as próprias muitas vezes não conhecem os sintomas ou podem ter vergonha em consultar um médico. Promover uma maior informação e consciencialização das mulheres é o objectivo do Dia Mundial do Cancro Ginecológico, uma iniciativa da ENGAGe, rede europeia de organizações que trabalham na prevenção e tratamento de cancro ginecológico, ligada à Sociedade Europeia de Oncologia Ginecológica (ESGO, na sigla inglesa), acrescenta.


Fazer regularmente o exame do Papanicolau é uma estratégia essencial para monitorização da saúde ginecológica, apesar deste método de rastreio não ser eficaz para todas as doenças ginecológicas, tal como a realização de exames sempre que haja alterações nas citologias. Para além de priorizarem uma visita regular ao ginecologista, as mulheres devem ter conhecimento e estar atentas a factores de risco para os diferentes cancros ginecológicos, podendo reduzir a possibilidade de consequências mais graves, é aconselhado.

No comunicado que estamos a citar, é ainda recordada uma outra desigualdade entre homens e mulheres na área da saúde. "Ao longo dos últimos séculos a longevidade sofreu um enorme avanço com a esperança média de vida a passar dos 30 para os 73 anos entre 1800 e 2018. Ainda assim, e apesar de existir uma esperança média de vida superior, em média, uma mulher passará nove anos com problemas de saúde, mais 25% em relação aos homens.".

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