Nacional | 24-09-2024 14:41

Médicos e doentes querem vacina contra a Zona no Plano Nacional de Vacinação

Inclusão já foi feita em muitos países europeus e existem recomendações nesse sentido nos EUA, Canadá e Austrália.

Nove sociedades médicas e associações de doentes dirigiram uma carta aberta ao Ministério da Saúde, Parlamento e DGS apelando à inclusão da vacina contra a Zona no Plano Nacional de Vacinação.
A Zona é uma infecção viral, também designada de herpes-zóster, provocada pelo mesmo vírus da varicela. Após a infecção inicial - manifesta-se pela varicela, muito comum em idade infantil - o vírus aloja-se em células nervosas e aí poderá permanecer inactivado, podendo reactivar-se mais tarde e originar a doença.
A carta a solicitar a inclusão da vacina no Plano Nacional de Vacinação, é assinada pelas sociedades portuguesas de Medicina Interna, de Saúde Pública, de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, de Pneumologia, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, o Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) e as associações portuguesas da Psoríase e de Insuficientes Renais.
Numa altura em que o Governo prepara o Orçamento do Estado para 2025, os signatários apelam à importância de assegurar o investimento na prevenção da doença como o melhor garante da sustentabilidade do SNS e de maior qualidade de vida para os portugueses.
Importa salientar que a vacinação contribui para a sustentabilidade e resiliência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A pressão que se faz sentir nos cuidados agudos e relativos à doença crónica, reforça a necessidade de implementação de estratégias que garantam a retirada de utentes dos cuidados hospitalares, promovendo uma cultura de prevenção que reduza a ida às urgências e internamentos.
Referem a esse propósito, que em 2023 foram codificados nos cuidados de saúde primários 22.000 casos de Herpes Zoster e nesse ano houve 28.000 consultas relacionadas com a doença.
"Estes são os números oficiais dos cuidados de saúde primários que, não contemplam sequer as urgências hospitalares e dos prestadores privados.", acrescentam.
Dizem ainda que a cada 2 dias uma pessoa é internada com zona, sendo que em média passam duas semanas em ambiente hospitalar, custando ao estado português cerca de 3.000 euros por cada internamento. E que se sabe também que, 7 em cada 10 pessoas desenvolvem complicações, tais como encefalites, meningites, nevralgia pós-herpética, herpes zoster oftálmico, entre outras.

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