Acordada saída de directores da FPF suspensos na Operação Mais-Valia

Federação Portuguesa de Futebol (FPF) chegou a acordo com os funcionários que tinham sido suspensos preventivamente após a Operação Mais-Valia que tem como arguidos António Gameiro e Paulo Lourenço.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) chegou a acordo com os quatro funcionários que tinham sido suspensos preventivamente após a Operação Mais-Valia, com estes a deixarem de pertencer aos quadros federativos, anunciou hoje o organismo.
“A FPF informa que chegou a acordo com os quatro funcionários que haviam sido suspensos preventivamente. Todos eles deixaram de pertencer aos quadros da instituição”, lê-se na nota da entidade.
Uma semana depois de anunciar a saída de Nuno Moura e Paulo Ferreira, respectivamente directores de marketing e financeiro, o órgão presidido por Pedro Proença confirmou que chegou também a acordo com Rute Soares (integridade e compliance) e Rita Galvão (recursos humanos), igualmente suspensas provisoriamente desde final de Março.
A Polícia Judiciária, recorde-se, efectuou, em 25 de Março, buscas na sede da FPF por suspeitas dos crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal. As buscas realizadas resultaram na constituição de dois arguidos: o antigo deputado do Partido Socialista pelo círculo de Santarém António Gameiro e o antigo secretário-geral da FPF e eleito na Assembleia Municipal de Abrantes, agora com o mandato suspenso, Paulo Lourenço.
A investigação da Operação Mais-Valia, que teve início em 2021 e está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, está relacionada com a venda da antiga sede da FPF, em 2018, na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, por mais de 11 milhões de euros.