Nacional | 09-07-2025 10:00
Taxa de desemprego jovem triplica a média nacional e está 5 pontos acima da média da UE
Taxa de desemprego estabilizou nos 6,3% em Maio. Apesar relativa estabilidade da taxa desemprego total, os jovens continuam a enfrentar maiores dificuldades no acesso ao mercado de trabalho.
A Randstad Portugal divulgou a sua análise aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, relativos ao mês de Maio de 2025, em que a taxa de desemprego jovem no país se fixou nos 19,5%, um valor ainda elevado, apesar da descida de 3,9 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior. Esta taxa triplica a média nacional (6,3%) e permanece muito acima da média da União Europeia (14,4%), reflectindo dificuldades estruturais na integração dos jovens (15-24 anos) no mercado de trabalho. Segundo a análise da Randstad Research, o desemprego jovem em Portugal continua a representar quase o triplo da média nacional, evidenciando as fragilidades persistentes na transição dos jovens para a vida profissional.
De acordo com os dados divulgados pelo INE, o mercado de trabalho português registou uma ligeira variação negativa, com a população empregada a recuar 12.600 pessoas face a Abril (-0,2%) e deixando para trás o seu valor recorde, ainda que continue a superar os 5,2 milhões de profissionais empregados. Já a população activa desceu em 13500 pessoas, fixando-se nos 5.554.900 de pessoas activas. A taxa de emprego desceu para 64,9%, menos 0,2 pontos percentuais do que no mês anterior. A taxa de desemprego estabilizou nos 6,3% em Maio, valor idêntico ao de Abril e 0,1 p.p. abaixo da registada em Maio de 2024. A queda mensal do desemprego em Maio foi observada apenas nas mulheres (- 4.700 desempregadas), uma vez que nos homens se registou um aumento de 3.800 desempregados. De acordo com os registos do IEFP, o número de desempregados registados caiu 4,1% face a Abril, fixando-se em 300.905 pessoas.
Segundo os dados da Segurança Social, a remuneração média por trabalho dependente em Abril foi de 1.520,52 euros, representando uma subida de 5,3% face a Abril de 2024. Lisboa continua a ser a região com os salários mais elevados (1.776,68 euros), contrastando com Beja (1.245,58 euros) e Portalegre (1.265,17 euros), as regiões com remunerações mais baixas.
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