Concurso abre 606 vagas para médicos e reserva seis para Lezíria e Médio Tejo
A abertura de um novo concurso nacional para médicos especialistas recém-formados inclui um reforço de profissionais em várias regiões do país, entre as quais a Lezíria do Tejo e o Médio Tejo, que surgem entre as unidades com vagas disponíveis para Medicina Geral e Familiar.
O Ministério da Saúde abriu concurso para o preenchimento de 606 vagas destinadas a médicos especialistas recém-formados, das quais seis estão afectas às Unidades Locais de Saúde (ULS) da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo, segundo despachos publicados em Diário da República.
Do total de vagas abertas, 447 destinam-se à área hospitalar, 142 a Medicina Geral e Familiar e 17 à área da Saúde Pública. No caso dos médicos de família, a ULS do Estuário do Sado é a que concentra mais postos de trabalho, com 16 vagas, seguida das ULS de Amadora-Sintra e de Leiria, ambas com 12.
As ULS do Arco Ribeirinho têm nove vagas, enquanto as do Oeste e da Guarda contam com oito cada. Surgem depois várias unidades com sete vagas, como a ULS São José, em Lisboa, e a de Trás-os-Montes e Alto Douro. As ULS de Almada-Seixal, da Lezíria e do Médio Tejo têm seis vagas cada para ocupar.
Na área hospitalar, a especialidade com maior número de vagas é Medicina Interna, com 57 postos de trabalho, seguindo-se Ginecologia/Obstetrícia (40), Anestesiologia (32), Psiquiatria (27), Pediatria (26) e Cirurgia Geral (22). As restantes especialidades apresentam números inferiores, com menos de 10 vagas em cada caso.
As 17 vagas previstas para Saúde Pública distribuem-se por igual pelas ULS do país, com um posto de trabalho atribuído a cada unidade.
O despacho, assinado pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, admite que, após o concurso, possam ser autorizadas contratações de médicos sem vínculo ao Serviço Nacional de Saúde para as vagas que fiquem por preencher, desde que exista cabimento orçamental. Está igualmente prevista a possibilidade de realocação de postos de trabalho considerados em zonas geográficas carenciadas que não sejam ocupados.
O Sindicato Independente dos Médicos alertou, dia 13 de Dezembro, para atrasos na abertura destes concursos, defendendo um modelo de disponibilização permanente das vagas, por considerar que os actuais procedimentos não respondem às necessidades do SNS nem às expectativas dos profissionais.


