Portugal volta a registar a maior taxa de excesso de mortalidade da Europa
O pico foi em Janeiro de 2021 (60,5%) e desde essa altura tem-se registado um crescimento progressivo.
Portugal voltou a registar em Junho o maior excesso de mortalidade na União Europeia (UE), com uma taxa de 23,9%, quase quatro vezes mais alta do que a média comunitária, que é de 6,2%, revela hoje o Eurostat.
Os dados hoje publicados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE revelam que, enquanto no conjunto da UE, o excesso de mortalidade – a percentagem de mortes adicionais em comparação com a média mensal de óbitos no período entre 2016-2019 – prossegue uma tendência decrescente, tendo recuado de 11,2% em Abril para 7% em Maio e para 6,2% em Junho, em Portugal aumentou pelo quinto mês consecutivo.
A taxa de excesso de mortalidade de 23,9% registada em Portugal em Junho – que compara com 19,2% em Maio – é, de forma destacada, a mais elevada entre os 27 Estados-membros, à frente de Espanha (16,7%) e Estónia (16,2%).
No conjunto dos 27, a UE registou os maiores picos de excesso de mortalidade em Abril de 2020 (25%), Novembro de 2020 (40%), Abril de 2021 (21%) e Novembro de 2021 (26%), enquanto em Portugal o pico foi registado em Janeiro de 2021 (60,5%). Desde essa altura tem-se registado um crescimento progressivo do excesso de mortalidade.