Quase mil e quatrocentas multas diárias por excesso de velocidade com os novos radares de Lisboa
Considerando o total de ocorrências e se todas corresponderem à coima mínima de 60 euros, o valor total a pagar é de cerca de 3,7 milhões de euros.
Os novos radares de controlo de velocidade rodoviária em Lisboa, em funcionamento desde 01 de Junho, registaram um total de 62.123 infracções no primeiro mês e meio, com uma média diária de 1.380 ocorrências, revelou hoje a câmara municipal.
Apesar de os 41 novos radares, 21 que substituem equipamentos antigos e 20 em novas localizações, apenas terem começado a funcionar a partir de 01 de Junho, a Câmara de Lisboa teve uma receita de 275.724 euros desde o início deste ano até 30 de Junho, “respeitante a 4.049 autos pagos por infracção a velocidade/radares fixos”.
“Os radares fixos estiveram inoperacionais, mas as contra-ordenações só prescrevem ao fim de dois anos, pelo que estamos sempre a receber pagamentos de coimas”, explicou a autarquia, indicando que a receita arrecadada corresponde apenas a 55% do montante da coima paga, uma vez que os restantes 45% revertem para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e para o Estado (10% e 35%, respectivamente).
No mesmo período, entre Janeiro e Junho deste ano, o montante das coimas dos radares móveis “ascendeu aos 402.218 euros, correspondendo a 5.628 autos pagos”.
As coimas por excesso de velocidade podem ir dos 60 euros aos 2.500 euros, consoante a gravidade da infracção, inclusive se é dentro ou fora das localidades.
Considerando o total de ocorrências registadas durante o funcionamento dos novos radares (um mês e meio), se todas corresponderem à coima mínima de 60 euros, o valor total a pagar pelos automobilistas é de cerca de 3,7 milhões de euros.