O caso do empresário de Abrantes, Jorge Ferreira Dias, que está na falência depois de ser um dos homens mais ricos de Abrantes, foi acompanhado por O MIRANTE, nomeadamente quando ele, em desespero de causa, levou burros para a câmara, que era presidida por Maria do Céu Albuquerque, agora secretária de Estado do Desenvolvimento Regional e, recentemente, deu origem a uma reportagem da TVI.
A câmara de Abrantes é acusada por ele de ter sido responsável pelo que lhe aconteceu ao comprar a outra empresa um terreno que lhe pertencia e de o ter prejudicado noutras situações, relacionadas com licenças municipais.
A reportagem da TVI quis ouvir a ex-autarca e hoje membro do Governo sobre as sentenças que o empresário alega terem-lhe dado razão e até consideraram haver “má-fé processual” da parte do município mas Maria do Céu Albuquerque mandou dizer que o caso vinha do seu antecessor, Nelson Carvalho, esquecendo-se de acrescentar que ela era, naquela altura, vice-presidente.
Agora, o Expresso, a propósito de uma entrevista que lhe fez para o caderno de economia, sobre o sistema de incentivos ao empreendedorismo, colocou-lhe também o caso do empresário e ela chutou para o assessor de imprensa que, acabou por dar a mesma resposta que já fora dada à TVI. O processo começou “antes de tomar posse como presidente da câmara” e foi conduzido pelos serviços jurídicos”.
Como o actual presidente, Manuel Valamatos, diz a mesma coisa sobre o assunto, talvez não fosse má ideia reconduzir Nelson Carvalho a presidente ou, em alternativa entregar a presidência ao gabinete jurídico. As câmaras municipais são obrigadas a responsabilizar-se pelas decisões tomadas pelos seus autarcas... menos em Abrantes??
João Carlos Farroupa Domingos