A caça à multa fácil
Sempre que circulamos pelas nossas cidades, estradas ou auto-estradas assistimos a constantes e sistemáticas infracções às mais elementares regras de condução, de conduta, de trânsito.
Sempre que circulamos pelas nossas cidades, estradas ou auto-estradas assistimos a constantes e sistemáticas infracções às mais elementares regras de condução, de conduta, de trânsito. Daí, um aumento de sinistros por excesso de velocidade ou de álcool, de mortes em passadeiras, de cada um por si e os outros que se lixem. É-nos possível, por exemplo, circular de automóvel pelo Norte e Centro do país durante duas semanas, sem vislumbrar um único agente de autoridade e as transgressões são permanentes.
Consegue-se dia após dia circular em cidade e ver automóveis estacionados em segunda fila a estorvar o trânsito, em passadeiras, em passeios, em cima de curvas. Automobilistas a não respeitarem as regras da prioridade, a desrespeitarem semáforos e nada acontece. Até por não se verem agentes de autoridade. Mas, se parar cinco minutos em local interdito, sem estar a incomodar ninguém, mesmo ninguém, aí aparece a autoridade, o reboque e o mais que seja, só para “levar” a multa. E, não estando correcto o que foi feito, não estava a prejudicar ninguém. Mas é mais fácil…
Nos outros casos, em que há graves consequências, até mortes - algo irreparável - ou incomoda a normal circulação dos outros nada acontece? Talvez fosse tempo de tantos pensadores e pensadoras, comentadores, importantes, ilustres, que sabem de tudo e de nada, utilizarem esses vastos saberes neste tema e ajudarem a resolvê-lo, à séria.
Augusto Küttner