A lezíria e os veículos eléctricos
As metas para a introdução de veículos eléctricos são como os copos meio cheios.
Há países que pretendem atingir 50% de veículos eléctricos em 2035, outros mais ambiciosos, como a Alemanha, bastante mais cedo. Mas já há países com elevadas vendas de veículos eléctricos: Noruega 86% e Islândia 72%.
Aos ecologistas, e com razão, não chegam as metas dos eléctricos em circulação, mas sim as fontes de energia que carregam as suas baterias. Nesse aspecto ainda a procissão vai no adro.
Apesar da capacidade da bateria variar em função da potência do motor e da autonomia o valor mais frequente situa-se nos 80Kw, mas a tendência é para baterias cada vez com mais densidade. Tendencialmente, também, é a diminuição do tempo de carga havendo grande expectativa de obter a curto prazo 80% da carga em 30 a 40 minutos. Nos países disciplinados, a carga é feita prioritariamente durante a noite, o que é saudável: tarifa mais baixa e menos sobrecarga da rede, mas penso em nós.
Como vai ser no meio dos campos agrícolas, uma propriedade com um contador de 16A para carregar desde o empilhador ao tractor, sim, porque aumentar o contador pode não ser solução, a limitação pode estar no ramal ou mais à frente no PT. Pior, o copo pode estar ainda só meio cheio para uns, mas quase a entornar para outros.
Rui Figueiredo Jacinto