A condescendência com déspotas, mesmo minorcas, tem dado péssimos resultados
É salutar que o jornal continue a não deixar passar em claro, atitudes anti-democráticas de certos detentores de minúsculos poderes.
Na edição de 5 de Dezembro, no texto “À margem/opinião” sobre o chefe de gabinete do presidente da câmara da Golegã, Pedro Ramalheira Azevedo, que proibiu uma jornalista de O MIRANTE de assistir presencialmente a uma reunião do executivo, barrando-lhe a entrada, por duas vezes, diz-se, a certa altura que “ninguém morre por ter que enfrentar esta cambada de sacanas, mas que fazem mossa lá isso fazem”.
É salutar que o jornal continue a não deixar passar em claro, atitudes anti-democráticas de certos detentores de minúsculos poderes. Quem escreve, sugere, com muito acerto, que o presidente da câmara coloque tal personagem, que não respeita o trabalho dos jornalistas, no seu lugar e até lembra que o município tem falta de pedreiros e cantoneiros, embora eu não acredite que ele tenha qualificações para tão nobres actividades.
Numa entrevista referida no texto, o presidente da câmara, António Camilo, diz que o seu chefe de gabinete “é boa pessoa mas tem um feitio especial”, mas convém não condescender com os Pedro Ramalheira Azevedo deste mundo. A condescendência tem dado péssimos resultados.
Carlos Serafim Pereira de Carvalho