Rostos de Mulher

No dia internacional da mulher como não relembrar Madame Curie, física e química francesa, a primeira Grande Mulher a ser agraciada com o prémio Nobel, duas vezes, caso único entre mulheres, e apenas repetido cinco vezes entre todos os galardoados nas várias áreas do saber, da ciência e das artes?
Ao longo dos tempos, muitos foram os rostos de mulheres que desfilaram no palco internacional e que para todo o sempre serão recordadas através dos Anais da História.
Quem poderá esquecer a graciosa Vénus, que auxiliou os Lusitanos na sua demanda, a poderosa Diana, cujo templo se ergue em Évora, em terras bem portuguesas, ou a sábia Atena, retratadas na Mitologia Greco-Romana como Mulheres de poder infinito e força inigualável?
Como não relembrar Madame Curie, física e química francesa, a primeira Grande Mulher a ser agraciada com o prémio Nobel, duas vezes, caso único entre mulheres, e apenas repetido cinco vezes entre todos os galardoados nas várias áreas do saber, da ciência e das artes?
E a Virgem, considerada a primeira de entre as Mulheres, por tantos povos e tantas nações?
E é a celebração da Mulher que hoje se assinala. Não somente das Mulheres que perduram na memória coletiva e nas enciclopédias, digitais ou em papel, mas de todas as Mulheres do mundo, algumas já com os rostos salpicados pelos sinais dos tempos, outras a iniciarem a sua caminhada pela vida e outras tantas que, ainda no berço, vão ser ensinadas a dar os primeiros passos…
8 de março, Dia da Mulher, da Mulher Esposa, da Mulher Mãe, da Mulher Guerreira, da Mulher Romântica e também da Mulher Pragmática! 8 de março, dia de TODAS as Mulheres!
E, se é com bastante alegria e orgulho que o celebro, não deixa de ser também com alguma apreensão, perante a visão aterradora que me tem sido dada a saber e a conhecer, no seio de tantas adolescentes, das nossas mulheres de amanhã. São meninas ainda, têm sonhos cor-de-rosa, a todos tentam agradar, mas a que preço? A que custo perdem um pouco da sua essência feminina, da sua alma, da força que as move, quando esquecem tudo o que as nossas avós passaram e sofreram para que nós, Mulheres, pudéssemos trabalhar, ter os filhos que desejamos, e não os que nos eram impostos pela sociedade, para que adquirissemos o nosso direito ao voto e, principalmente, para que o nosso NÃO fosse ouvido, bem alto, e sem qualquer hesitação, se soltassem as amarras que até então prendiam as nossas vozes?
A violência no namoro está a ganhar terreno e é assustador ver as nossas meninas, as nossas futuras mulheres, cederem perante humilhações que já não são aceitáveis no mundo ocidental.
Tanto há para dizer sobre o assunto… Mas, por ora, fica o mote para uma outra reflexão…
Hoje, dia 8 de março de 2025, recordemos às nossas filhas os direitos fundamentais que adquirimos e tantos anos, séculos, demoramos a conquistar! Enfatizemos o que é ser Mulher, com um “M” maiúsculo!
Lembremo-las de quem são! São a continuidade da humanidade, da força, da beleza e da alegria, do companheirismo e tantas, e tantas vezes, do bom senso, aconselhando e mitigando conflitos, e conduzindo os homens a evitarem quezílias e confrontos entre eles!
É tempo de relembrar aquelas que refutaram espartilhos e soutiens, que quebraram os grilhões com que a sociedade de conveniência as tinha prendido e, uma vez mais, mostrarmos a beleza patente e inigualável que desfila em cada um dos rostos de MULHER!
Júlia Bernardino