Programação do Teatro Virgínia em queda ao ritmo da “vereadora das festas”
O Teatro Virgínia em Torres Novas, remodelado e reaberto em 2005, tornou-se uma referência na região, graças à vontade do então presidente da câmara municipal de Torres Novas, António Rodrigues e ao trabalho do programador, João Aidos.
O Teatro Virgínia em Torres Novas, remodelado e reaberto em 2005, tornou-se uma referência na região, graças à vontade do então presidente da câmara municipal de Torres Novas, António Rodrigues e ao trabalho do programador, João Aidos, contratado pelo município, mas tem vindo a perder relevância.
Nos últimos doze anos, com Pedro Ferreira à frente do município, a programação tem sido feita pela vereadora da cultura, Elvira Sequeira, a quem o antigo presidente, já chamou, jocosamente e, quanto a mim injustamente, “vereadora das festas”. E têm sido cedências em termos de qualidade dos espectáculos apresentados, com grandes desequilíbrios e, por vezes, falhas na apresentação atempada da programação, trimestral.
Os bilhetes para um espectáculo, a 24 de Outubro, do humorista Fernando Rocha, já estão à venda desde meio de Agosto e a agenda para os últimos meses do ano, foi dada a conhecer pelo site agenda cultural do médio Tejo a 28 de Agosto, de forma genérica, perante o silêncio do município e do Teatro Virgínia, algo que não era habitual e que replica o que fazem outros cineteatros municipais.
É verdade que artistas como João Baião esgotam quatro espectáculos em menos de um fósforo, com bilhetes a preços elevados. E que Pedro Abrunhosa, que tem lugar cativo na programação do Virgínia, também vendem bem, mas a programação de um Teatro como o Virgínia não é só isso. Ou então, o vereador do PSD, que volta a ser candidato à câmara, Tiago Ferreira, tem razão quando diz que o Virgínia tem que dar lucro.
Carlos Serafim Pereira de Carvalho