Bairros de Comércio Digital
É verdade que as más noticias chegam primeiro e raramente saio do meu bairro, mas em Abrantes, Santarém ou Tomar, Torres Novas ou outra cidade, o projecto de digitalização deve ser suficientemente motivador para só por si ser notícia.
É verdade que as más noticias chegam primeiro e raramente saio do meu bairro, mas em Abrantes, Santarém ou Tomar, Torres Novas ou outra cidade, o projecto de digitalização deve ser suficientemente motivador para só por si ser notícia. Hoje, os autarcas mais do que os media, a tudo chamam projecto, mas digitalizar uma cidade tem de ser mesmo um projecto e não poder ser usado o velho palavrão de cortar em cima do pano. Mas tudo tem de ser notícia.
Os bairros de comércio digital vão viver para a população e da população, mesmo que offline, então temos de a motivar, de lhe dizer “isto é para ti, conta connosco, nós contamos contigo”.
O envolvimento da população tem de nascer logo no arranque, ela não deve ser tentada a adivinhar, isso só gera duvidas e abre a porta ao “consta-se”, além de não contribuir para uma sadia e desejada interação.
Quando em Setembro de 1970 cheguei à cidade de São Tomé, recebi um mensageiro que em nome do governador das ilhas me dava as boas vindas e informava da obrigação de o visitar na casa do governador. Como não apareci fui visitado à tarde pelo coronel Silva Sebastião, o governador. Depois percebi que uma das razões foi eu dar uma entrevista a uma revista de Angola. O projeto de “Telescola” em São Tomé tinha de ser noticiado, e foi.
Rui Figueiredo Jacinto