O MIRANTE | 19-11-2020 20:00

“Empresas têm feito investimentos para terem uma prática mais sustentável e não poluente”

“Empresas têm feito investimentos para terem uma prática mais sustentável e não poluente”
ESPECIAL ANIVERSÁRIO
Salomé Rafael - Presidente do Conselho de Administração da Escola Profissional do Vale do Tejo, S.A.

Salomé Rafael - Presidente do Conselho de Administração da Escola Profissional do Vale do Tejo, S.A.

No meu dia-a-dia sigo todos os conselhos para proteger o ambiente e só não consigo conduzir a uma velocidade tão baixa quanto seria desejável. Por questões profissionais tenho de fazer deslocações muito grandes e, quando o tempo é curto, confesso que acelero um pouco mais, mas sempre dentro das regras.

É inevitável associar a cor verde a questões ambientais mas também à paisagem ribatejana, ao campo e à lezíria. O verde é também uma cor especial porque é a cor do meu clube, o Sporting Clube de Portugal.

Vivo numa zona que foi, há alguns anos, alvo de uma profunda requalificação urbanística e ambiental. Era um espaço muito degradado, que passou, inclusive, por um processo de descontaminação dos solos, mas que hoje é uma zona muito agradável, com muitos espaços verdes e sem problemas ambientais de fundo.

Nas escolas profissionais onde tenho responsabilidades as questões ambientais e ecológicas sempre foram muito trabalhadas e discutidas com os jovens. Vejo, com muita satisfação, que esta geração está fortemente consciencializada para as questões ambientais, como se tem visto um pouco por todo o mundo, exigindo de nós a adopção de medidas concretas.

Temos tido algumas iniciativas que visam a preservação dos recursos como a substituição do papel por documentos digitais. Fazemos a reciclagem selectiva, substituímos as lâmpadas tradicionais por luzes Led, mais ecológicas e eficientes do ponto de vista energético. Procuramos também, sempre que possível, rentabilizar e reutilizar alguns materiais utilizados em trabalhos práticos numa lógica de consumo mais sustentável.

Não concordo que se diga que a economia tem sido privilegiada. Ao longo dos últimos anos, o Ministério do Ambiente e outros organismos do Estado têm procurado compatibilizar as questões ambientais com medidas de estímulo económico e apoio à actividade industrial. As empresas têm vindo a adequar todas as suas práticas com fortes investimentos com o objectivo de termos uma economia cada vez mais sustentável e não poluente. Claro que existem excepções, não apenas em Portugal, mas acredito que essa visão dicotómica que põe em confronto economia e ambiente está ultrapassada.

Enquanto consumidora apoio as iniciativas da União Europeia para reduzir o uso de pesticidas e aumentar a agricultura biológica. Prefiro 100% produtos biológicos. Contudo, há determinadas regiões do planeta onde há grande escassez de alimentos e aí não se pode colocar a questão da mesma maneira que se coloca na Europa. Sabemos que alguns pesticidas são usados para combater as pragas e aumentar a produção, mas há que encontrar um equilíbrio entre a quantidade e o tipo de pesticidas utilizados de forma a que não se comprometam irremediavelmente os solos e a saúde humana.

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