O investigador Miguel Castanho recebeu o prémio Personalidade do Ano a encerrar a cerimónia de O MIRANTE no Convento de S. Francisco em Santarém, esta quinta-feira, considerou que a interacção entre cientistas e jornalistas permitiu uma grande vitória como foi a de tornar a ciência mais clara e levar as pessoas a aderirem à vacinação em massa, fazendo de Portugal um exemplo mundial. O cientista de Santarém realçou mesmo que este feito é mais que um feito desportivo. “Não foi um Cristiano Ronaldo que se vacinou, foram nove milhões de Cristianos Ronaldos”, salientou.

Miguel Castanho, na sua intervenção a seguir a receber o prémio fez a analogia do futuro com uma fotografia que uma vez viu num restaurante num país que visitou em que os noivos sorriam felizes pelo seu casamento com todo o cenário à volta destruído por um tornado. “Eles sorriam porque tinham plano para o futuro apesar de o presente não lhes ter sido sorridente”. E fez votos para que “um dia voltemos todos um dia mais fortes”.

“Um dia a pandemia acabará, disso não tenho dúvidas”, salientou, salientando que vai ser necessário continuar a cultivar a relação entre cientistas e jornalistas, uma relação de verdadeira ciência com o verdadeiro jornalismo. Miguel Castanho elogiou O MIRANTE dizendo que tanto o jornal como ele são de proximidade. “Somos daqui, não estamos aqui”, disse, realçando que “as pessoas de Lisboa ou do Porto não sabem o que é isso de ter uma terra, ser de uma terra”.