A região só se conseguirá afirmar quando falar a uma só voz

Não nos tomem por tolos. A solução do aeroporto em Santarém é a única capaz de ser um catalisador de desenvolvimento da região e de incrementar as acessibilidades, os movimentos e a riqueza. As outras não são no distrito e muito menos geram movimento na região.
Agir no presente para antecipar o futuro deve ser um lema constante. A nossa região tem de encontrar projectos comuns, unificadores e lutar pelo aumento de riqueza interna e competir com qualquer outra região encontrando as oportunidades para elevar o nível de vida de todos os cidadãos. Para isso é importante que os responsáveis políticos da região se unam e combatam em conjunto e que não combatam internamente. Uma região só se conseguirá afirmar quando falar a uma só voz potenciando cada qualidade, cada recurso individual, para potenciar o conjunto.
A nossa região tem de ter unidade administrativa e dependência nas diversas áreas das mesmas entidades. Não podemos continuar a ter a Lezíria e o Médio Tejo tão separados do ponto de vista administrativo, pertencendo a NUTII diferentes e a reportar a entidades diversas como as CCDR, Entidades Regionais de Turismo, etc. Este facto condiciona projectos comuns e um desenvolvimento sustentado do distrito que tem tantas afinidades para além da contiguidade. A NUT II Ribatejo e Oeste poderia ser um grande passo para a desejada consistência e juntar ao nosso distrito os municípios do Oeste.
A região tem tido diversos sucessos ao longo dos últimos 35 anos. Destacaria a saída da NUTII de Lisboa para o Alentejo e Centro das NUTIII da Lezíria e Médio Tejo, levada a cabo por Miguel Relvas no início da década de 2000 permitindo uma maior aplicação de fundos europeus (fazendo votos para que a nova agregação Ribatejo e Oeste possa ser um novo sucesso). Destaco também os sucessos de gestão e coordenação das duas NUT III do distrito; os tempos áureos de dinamismo empresarial e de associativismo empresarial quando José Eduardo Carvalho liderou a Nersant, e, claro, o nascimento e consolidação de O MIRANTE como órgão de comunicação social de referência no plano regional e nacional permitindo a liberdade de expressão e a informação dos cidadãos.
Temos todos de lutar para que a proposta de construção do novo aeroporto em Santarém se torne uma realidade. Esta oportunidade para toda a região não voltará a repetir-se nas próximas décadas. E que não nos tomem por tolos, pois esta solução é a única capaz de ser um catalisador de desenvolvimento da região. É a única solução que pode incrementar as acessibilidades, os movimentos e a riqueza de toda a região. As outras soluções não são no distrito e muito menos geram movimento na região. O aeroporto em Santarém permite movimento para Norte, Sul, Este e Oeste com as acessibilidades já existentes. As outras soluções contíguas a sul do distrito partem dessa fronteira para fora e não para o centro da região.
Na maior parte dos casos pensam-se os investimentos na óptica da elegibilidade para fundos comunitários e não do seu interesse público ou na criação de riqueza. As burocracias inerentes às candidaturas e execução dos projectos dificultam a utilização dos fundos em pleno – veja-se o caso da execução actual do PRR – e a canalização de fundos maioritariamente para o sector público em detrimento do privado também tem gerado desequilíbrios que serão muito difíceis de corrigir quando a torneira da Europa fechar.
As redes sociais utilizam algoritmos que por vezes potenciam uma busca pontual de um produto em detrimento da utilização de médio e longo prazos. É assim e não poderemos esperar melhorias quando a utilização dessas redes é gratuita para o simples utilizador. Ao nível da informação prefiro assinar jornais online e ter apps pagas com selecção das áreas sobre as quais quero ter alertas.
No caso da Águas de Santarém acho que temos conseguido estreitar os canais de comunicação com os nossos clientes. Tem sido um esforço permanente e constante nos últimos dois anos para ter maior fluidez na informação, quer interna para com os trabalhadores, quer externa com os clientes. Para além das redes sociais, mensagens, newsletters, site e suportes fixos, consideramos muito importante continuar a passar a nossa mensagem através dos órgãos de comunicação social que continuam a ser um canal muito importante para que qualquer organização comunique de forma eficaz.
Sou um optimista por natureza. Cada novo desafio profissional é um potenciador de adrenalina e de querer continuar a fazer mais. A nível pessoal o nascimento de cada filho é sem dúvida um alento e fonte de optimismo para o futuro.