“É muito gratificante concretizar projectos para prestar melhores cuidados de saúde à população”

No sector da saúde, os fundos comunitários têm permitido fazer obras e adquirir equipamentos, altamente diferenciados, que de outro modo não teria sido possível.
Segundo o relatório “a coesão na Europa no horizonte de 2050”, divulgado em Fevereiro, Portugal é o país da União Europeia mais dependente dos fundos europeus. Será que já não conseguimos fazer nada sem eles?
Os fundos comunitários, se bem aplicados, são essenciais para o desenvolvimento do país. No sector da saúde, em que os orçamentos são historicamente deficitários, a possibilidade de recorrer a fundos comunitário tem permitido fazer obras e adquirir equipamentos, altamente diferenciados, que de outro modo não teria seria possível.
Como encara a notícia do interesse de um grupo de investidores privados em fazer um aeroporto em Santarém?
Vejo com bons olhos todas as iniciativas que contribuam para desenvolver económica e socialmente o Ribatejo.
É possível viver e trabalhar sem prever o futuro?
Como imagina o futuro da região?
É costume dizer-se que quem vive no presente é mais feliz do que quem vive a pensar no passado ou no futuro. A nível da gestão hospitalar, o planeamento e em concreto, o planeamento estratégico é essencial para não nos desviarmos do foco e atingirmos os resultados que pretendemos.
Qual foi a altura em que se sentiu mais optimista, quer a nível profissional, quer pessoal?
A nível profissional foi, sem dúvida, no início de actividade no Hospital de Santarém, onde a vontade de fazer acontecer e a motivação eram elevadas. Conseguir concretizar projectos que contribuam para prestar melhores cuidados de saúde à população é muito gratificante. A nível pessoal, ver os nossos filhos voarem e realizarem os seus sonhos é também uma forma de sentirmos que alguma coisa fizemos de bem!
Uma significativa parte da população recebe informação seleccionada por algoritmos e difundida automaticamente pelas redes sociais. É o seu caso?
Em relação à informação que nos é transmitida, é necessário ter capacidade crítica e saber “filtrar”, não nos deixando envolver ou acreditar em tudo o que se diz. As redes sociais têm a desvantagem de, ao abrigo do anonimato, se poder comentar sobre tudo, mesmo que a notícia não seja verdadeira.
A informação mais relevante relativa ao seu trabalho e à sua organização está a chegar aos destinatários?
Julgo que o Hospital de Santarém tem hoje uma melhor estratégia de comunicação e consegue transmitir e divulgar as boas práticas existentes no hospital, utilizando para isso as diversas ferramentas disponíveis.
Quando se refere à nossa região, a que se refere em concreto?
Boa gastronomia, aficionados da tauromaquia e gente rija e frontal.