O MIRANTE | 19-11-2022 07:00

“É uma vergonha estamos desde o ano da chegada do homem à Lua para decidir onde é o aeroporto”

“É uma vergonha estamos desde o ano da chegada do homem à Lua para decidir onde é o aeroporto”
ESPECIAL 35 ANOS DE O MIRANTE
Hugo Costa Presidente da Assembleia Municipal de Tomar

Portugal deve muito aos fundos comunitários. Somos um país completamente transformado através destes. Mas com as novas adesões à União Europeia previstas, temos de nos preparar para deixarmos de os ter.

Obtenho informação que me pode ser útil, através da leitura de jornais diários e semanais. Vejo também um telejornal por dia e ouço muita rádio. A rádio acompanha-me nas viagens pelo distrito de Santarém. Evito o algoritmo das notícias das redes sociais.

Os poderes públicos devem saber comunicar melhor, nomeadamente para os mais jovens. É um grande desafio. Modernizar, inovar e ir ao seu encontro faz parte do papel de todos os que estão ao serviço da causa pública. Podemos sempre fazer mais e melhor.

Devemos ser sempre optimistas e acreditar que o mundo e a nossa vida pessoal podem mudar para melhor. É por isso que procuro ser um pouco melhor do que ontem, todos os dias. É essa a minha forma de estar na política, mas principalmente na vida, com confiança, dedicação e proximidade.

Tomar é um concelho que apresenta amplos recursos naturais, culturais e históricos. É um concelho onde o ensino superior continua a fazer inovação e com pessoas que têm um grande amor ao seu lugar. Um concelho que permite uma boa qualidade de vida. Logo, é uma terra com muito futuro.

A criação de uma NUT2 (no fundo, uma nova CCDR) que envolva o Médio Tejo, Lezíria do Tejo e Oeste dará mais consistência à região. Isso permitirá sermos donos dos nossos destinos e dos fundos comunitários. A actual situação de uma região - dividida a nível de fundos comunitários (Alentejo e Centro), mas todas integrantes da CCDR Lisboa e Vale do Tejo - não faz sentido. E a alteração dessa realidade pode trazer melhores investimentos para a nossa região.

Estamos desde 1969, ano da chegada do primeiro homem à Lua, para decidir onde é o aeroporto. É uma vergonha histórica para os poderes públicos e algo que os nossos cidadãos não perdoam. Perdemos milhões de euros por ano pela não decisão. Sobre a vinda do mesmo para a região, só posso dizer que, a concretizar-se, a aplaudo e será muito positiva para todos, incluído para o país e a sua coesão.

Sou um amante do estudo da História. É crucial para compreendermos o presente, projectarmos o futuro e para aprendermos com os erros, a fazer as escolhas certas. Tudo faz parte da nossa aprendizagem, até os momentos menos bons que todos atravessamos, em um ou outro período.

Em trinta anos passamos a ter melhores acessibilidades (ainda com muita coisa para resolver como o IC3, ou a travessia do Tejo), mais acesso ao ensino e melhores infra-estruturas de saúde.

O maior fracasso da região foi o fim da sua identidade e perda de força, devido à divisão para efeito de fundos comunitários ou turismo. E o fim do Governo Civil de Santarém, que era um factor de unidade.

Portugal deve muito aos fundos comunitários. Somos um país completamente transformado através destes. Mas porque certamente teremos em breve novas adesões à União Europeia, temos de nos preparar para deixarmos de ter tantos fundos comunitários. O actual ciclo com o remanescente do Portugal 2020, Portugal 2030 e PRR é o maior pacote financeiro de sempre. Contudo, devem ter a melhor execução possível.

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