O MIRANTE | 19-11-2022 09:00

“O mundo tal como o conhecíamos acabou e vivemos tempos difíceis e estranhos”

“O mundo tal como o conhecíamos acabou e vivemos tempos difíceis e estranhos”
ESPECIAL 35 ANOS DE O MIRANTE
Joaquim Manuel de Deus Catalão Presidente da Junta de Freguesia de Almeirim

Encaro a notícia do interesse de um grupo de investidores privados em fazer um aeroporto em Santarém com muito cepticismo, e mais não digo.

Que alterações defende para dar mais consistência à região?

Eu sou um defensor da regionalização. É importante que o poder de decisão esteja na posse de quem na região a noção das necessidades, do que deve ser feito e qual a prioridade para a sua concretização.

Qual foi a altura em que se sentiu mais optimista, quer a nível profissional, quer pessoal?

Vivemos tempos difíceis e estranhos. O mundo como o conhecíamos acabou. Vivemos uma nova realidade mundial. Neste século já tivemos uma crise económica a nível mundial, depois uma pandemia que nos obrigou a alterar a nossa forma de viver e agora temos uma guerra na Europa que ninguém sabe quando e como vai acabar. Grandes desafios colocam-se diariamente e temos que saber lidar com eles, é o que tenho feito nestes últimos anos e é o que vou continuar a fazer.

É possível viver e trabalhar sem prever o futuro?

Sou uma pessoa que pensa muito no futuro e por isso vivo muito com base em cenários que eu próprio vou construindo, os quais acabam por condicionar e orientar as minhas decisões, tanto políticas como profissionais.

Como encara a notícia do interesse de um grupo de investidores privados em fazer um aeroporto em Santarém?

Com muito cepticismo e mais não digo.

Quando se perspectiva o futuro costuma olhar-se para o passado. Neste caso vale a pena fazer esse exercício ou é melhor ignorar tudo o que se passou?

Neste caso devemos olhar muito para o passado.

Quais considera terem sido os maiores sucessos da região nos últimos 35 anos?

A construção de um conjunto de equipamentos (escolas, pavilhões desportivos, piscinas, estradas, zonas industriais, etc.) que permitiram o desenvolvimento económico e social de toda a região.

E os maiores fracassos?

A não conclusão do IC3 e o não aproveitamento das Águas do Tejo, são dos maiores fracassos da nossa região e tudo isto porque falta avançar com a regionalização.

Portugal é o país da União Europeia mais dependente dos fundos europeus. Será que já não conseguimos fazer nada sem os fundos comunitários?

É um problema cultural.

Uma significativa parte da população recebe informação seleccionada por algoritmos e difundida automaticamente pelas redes sociais. É o seu caso?

Diariamente faço uma leitura de vários jornais, por isso, sou pouco afectado por esse tipo de informação.

A informação mais relevante relativa à sua instituição está a chegar aos destinatários? Como faz para que isso aconteça?

Utilizamos os jornais locais, regionais e as redes sociais para difundir as nossas actividades.

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