O MIRANTE | 19-11-2022 12:00

“Temos de estar cientes do impacto que as nossas acções terão no bem-estar dos nossos filhos e netos”

“Temos de estar cientes do impacto que as nossas acções terão no bem-estar dos nossos filhos e netos”
ESPECIAL 35 ANOS DE O MIRANTE
José Santos Director Geral da Tejo Ambiente, EIM, SA - Ourém

Não se deve investir só porque existem fundos comunitários disponíveis. O investimento deve ser feito para a concretização de políticas locais sustentáveis e estruturais que beneficiem as gerações futuras.

A capacidade que as populações desta região têm para se reinventarem é enorme. Não sendo eu um residente nesta região, e não querendo ser injusto ao referir algum sucesso em detrimento de outros, opto por não indicar nenhum em concreto, mas saliento que as populações da região sempre demonstraram ambição e uma grande capacidade de concretização.

Digo muitas vezes que olhar para o passado só serve para se evitarem erros no futuro. Ignorar o passado não é solução porque só tendo essa experiência bem presente se pode ambicionar um projecto diferenciador e vencedor.

A eventual decisão de instalar o novo aeroporto em Santarém só é importante se tal não se tornar numa herança pesada para as gerações futuras. Se essa questão for salvaguardada a região ficará a ganhar com esse incentivo relevante para o seu desenvolvimento.

A nossa região tem um potencial enorme, quer do ponto de vista económico-financeiro quer social e ambiental. Assim as oportunidades surjam e sejam aproveitadas por todos, desde a sociedade civil ao Governo, relevando o papel que as autarquias vão desempenhando nesta ponte e procurando, deste modo, tornar a região atraente para se viver e motivar o repovoamento dos territórios, muito fragilizados pela emigração e redução populacional.

O desenvolvimento regional depende das oportunidades que surgem ou que se criam. Não bastam a boa vontade das populações ou das autarquias locais para a sua concretização pois sem dinheiro pouco ou nada se conseguirá fazer. Mas não se deve investir só porque existem fundos comunitários disponíveis. O investimento deve ser feito para a concretização de políticas locais sustentáveis e estruturais que beneficiem as gerações futuras.

Estou convicto que uma das proteínas da cadeia do ADN da espécie humana é a antecipação e previsão do futuro. Desde sempre se tentou adivinhar o dia de amanhã. Não acho possível trabalhar e viver presentemente sem se olhar para o bem-estar das gerações futuras. Sem isso, qual é a motivação para se viver e trabalhar hoje?

Temos de estar cientes da importância e do impacto que as nossas acções de hoje têm no bem-estar dos nossos filhos e netos.

Quanto ao entendimento que faço das redes sociais, como modo de divulgação mais ágil, ele é positivo na perspectiva da informação e formação. No entanto, considero condenável a sua utilização como um modo para se atingir um fim, eventualmente indigno, injurioso ou mesmo ignorante.

A Tejo Ambiente tem um percurso enorme pela frente no que toca à sua forma de comunicação com a sociedade e com os utilizadores dos serviços que presta. Este tem sido um assunto bastante avaliado e debatido internamente e temos consciência do caminho que importa percorrer, sempre conscientes de que tudo o que fizermos deve ser sustentável, responsável e focado nas gerações futuras. Estamos a trabalhar muito nesse sentido e, dentro de muito pouco tempo, ocorrerão melhorias nos meios de comunicação e de divulgação de informação disponibilizados aos interessados.

A Tejo Ambiente acredita muito no trabalho de parceria com os vários actores intervenientes na sociedade em que se insere. Por esse motivo tem em O MIRANTE um dos seus pilares parceiros para uma melhor comunicação e divulgação das nossas acções, passadas, presentes e futuras.

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