O MIRANTE | 19-11-2022 14:00

“Temos feito progressos acima da média europeia na utilização de energias renováveis”

“Temos feito progressos acima da média europeia na utilização de energias renováveis”
ESPECIAL 35 ANOS DE O MIRANTE
Mário Rui Filipe Santos Director do Agrupamento de Escolas de Benavente

Temos duas hipóteses interessantes na região para dar resposta à necessidade nacional de um novo aeroporto. Estamos próximos de Lisboa e isso deve ser aproveitado.

Esta região em torno do Tejo, que vai desde Santarém até à Área Metropolitana de Lisboa, passando pelo Oeste e pela charneca, deve ter consciência das suas potencialidades. E a região confina com áreas muito diferentes, que permitem uma interessante diversidade de oportunidades. Estamos muitas vezes espartilhados e divididos em unidades mais pequenas que, apesar de importantes, não traduzem a consciência colectiva do que somos e impedem que nos assumamos enquanto região produtiva, inovadora e diferenciada.

Gostaria de ver esta região empenhada na sustentabilidade, seja de recursos, ambiental, ou energética. Gostaria de ver esta região como exemplo de inovação e ligação à terra e aos seus valores. Imagino uma região que atraia as pessoas e que estas se reconheçam na mesma e tenham vontade de ficar. Temos todo o potencial para sonhar alto!

O surgimento de uma nova proposta de localização para o aeroporto, em Santarém, é mais uma prova do potencial da região. E mantemos a hipótese de construir o aeroporto em Benavente, no Campo de Tiro. Ou seja, temos duas hipóteses interessantes na região para dar resposta a uma necessidade nacional. Estamos próximos de Lisboa e isso deve ser aproveitado. Temos todos os atributos necessários para crescermos socialmente e economicamente. Benavente tem sido um exemplo desse crescimento populacional enquanto terra de oportunidade para muitos.

Não só a câmara municipal, como as juntas de freguesia têm feito um trabalho interessante em prol da população. Apesar de na região termos líderes diferentes, parece-me que há um interesse comum no desenvolvimento da região. Mas gostaria de ver maior participação dos cidadãos nas várias estruturas da sua comunidade. Populações activas e participativas fortificam a democracia e potenciam melhores líderes.

Portugal tem uma dívida externa enorme e uma economia baseada no turismo, mercado interno e alguma produção, mas com pouco significado. Mas temos sabido aproveitar os fundos comunitários. Não estamos atrás da grande maioria dos países europeus. A Alemanha tem problemas de acesso à Internet que Portugal não tem. A França tem questões com as estradas que nós já ultrapassámos. E temos feito progressos acima da média na utilização de energias renováveis. Estamos atrás no que concerne a salários, mas isso pode mudar com redução da dívida e o fortalecimento da economia.

Sempre fui muito optimista e cheio de ideias para o futuro. O pessimismo não nos resolve os problemas, impedindo, por vezes, alguma luz inovadora sobre os mesmos.

A nível profissional, tenho tido oportunidade de, em conjunto com outros colegas, desenvolver projectos desafiadores. Não sou tão optimista quanto à melhoria das condições por parte do poder central, para os professores e restantes trabalhadores na área da Educação, que muito fazem com tão pouco e com tão pouco reconhecimento.

O Agrupamento de Escolas de Benavente tem feito um caminho de inovação ao longo dos últimos anos. Temos assumido o nosso próprio currículo para dar resposta à diversidade existente na nossa comunidade. Actualmente a escola desenvolve diversos projectos, inclusive internacionais e esta vai para além dos muros físicos. A comunidade envolvente entra diariamente na escola. Entendemos que o futuro se faz em conjunto e em parceria com os mais diversos intervenientes na sociedade. Acredito num futuro de abertura ao mundo para os nossos alunos que são os cidadãos do futuro.

Temos cursos profissionais que podem ser a solução para muitas empresas que recebem trabalhadores com formação específica nas suas áreas de necessidade. Tal como o mundo académico, a formação profissional é fundamental na qualificação dos trabalhadores e na qualidade do trabalho das empresas.

Tento usar as redes sociais mais como fonte de contactos do que como fonte de informação. Procuro informação sobretudo nos meios de comunicação social independentes. Procuro ainda olhar criticamente para a informação recebida e tentar cruzar a mesma com outras fontes. Enquanto escola recorremos a algumas redes sociais e à página da escola na Internet para comunicar e temos também canais próprios com os nossos alunos e encarregados de educação.

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