Pedro Santana Lopes é uma das figuras mais carismáticas que passaram pelo PPD/PSD, ao qual aderiu em 1976. Ao longo dos anos os militantes foram deixando cair a sigla do Partido Popular Democrático, mas o político foi sempre um defensor do PPD em veneração ao seu mestre e amigo Francisco Sá Carneiro, um dos fundadores do partido e antigo primeiro-ministro que morreu na queda de um avião em Camarate. O percurso de Santana Lopes, nascido em Lisboa em 1956, é de uma grande riqueza tendo marcado a sociedade portuguesa pela sua determinação e intervenção no rumo do país enquanto pensador e executor.
Foi presidente do PPD/PSD e primeiro-ministro entre 2004 e 2005, presidente do grupo parlamentar do partido, eurodeputado, presidente do Sporting Club de Portugal e presidente das câmaras da Figueira da Foz e de Lisboa. Como autarca na Figueira da Foz deixou uma admiração muito grande nas gentes do concelho. De tal forma que passados 24 anos voltou a ganhar a autarquia, em 2021, sem apoio partidário. Em Lisboa destacou-se pela sua estratégia para resolver os constrangimentos da capital tendo sido o obreiro do Túnel do Marquês, que na altura recebeu muitas críticas, mas o tempo veio confirmar a sua utilidade. Tinha um projecto para o Parque Mayer que ia mudar a face dessa zona da cidade.
Desfiliou-se do PSD em 2018 e foi o fundador do partido Aliança na senda do seu espírito de intervenção na sociedade. Foi assessor jurídico de Francisco Sá Carneiro, primeiro-ministro do VI Governo Constitucional. Desempenhou ainda, na década de 80, funções de secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do Governo de Cavaco Silva e, na década de 90, secretário de Estado da Cultura. Tem uma imagem de rebelde porque sempre disse o que pensava. Editou o livro Causas de Cultura que testemunha a sua obra enquanto secretário de Estado da Cultura.