“Os premiados têm todos ligações a esta extraordinária região que eu não tenho mas como o prémio é de âmbito nacional tem essa justificação. Agradeço muito a O MIRANTE. Como disse Orlando Ferreira e o engenheiro Mineiro Aires, hoje aprendemos muito. Estamos sempre a aprender, é o que é bom da vida. Enquanto aprendemos é sempre bom sinal. Estou orgulhoso por receber este prémio. Não devemos receber prémios de qualquer entidade, nem prémios nem condecorações. Devemos pensar bem de quem as recebemos e O MIRANTE que trabalha nesta actividade tão difícil nos tempos de hoje que é o jornalismo, a imprensa livre, é capaz de trabalhar com sentimento. Nesta sessão vimos reconhecimento, gratidão, que são atributos muito bonitos na vida e que são raros. Infelizmente, cada vez mais raros neste mundo tão complicado em que vivemos. E O MIRANTE faz tudo isto mantendo a independência bem patente no discurso de Joaquim Emídio. O MIRANTE chega-nos a casa de várias formas, uma delas distribuído com o maior semanário de Portugal, por assinatura, por comprarmos na banca. É uma força da natureza”.
Vi que começaram os prémios em 2005. Nesse ano não podia ser premiado de todo, só se fosse o ‘despremiado nacional’. Isso são os alcatruzes da nora. A vida é assim. Já aprendemos todos na vida o suficiente para sabermos que a vida é mesmo assim. Partilho este prémio com todos os que, ao longo da minha vida, se têm metido na aventura de me aturar porque gosto de trabalhar muito, depressa e, sempre que possível, bem. Quero partilhar este prémio com grande parte da minha equipa que também está nesta sala e trabalham comigo na querídissima Figueira da Foz.
Estamos aqui a sorrir e felizes, em paz; por isso quero lembrar os que sofrem e aqueles que a esta hora estão em guerra, sem casa e sem comida, a chorar porque não sabem como hão-de proteger os seus filhos. Nas nossas horas boas e felizes é justo lembrarmos os que sofrem.