O MIRANTE | 17-11-2023 18:00

O 25 de Abril também influenciou mudanças a nível da adopção da democracia noutros países

O 25 de Abril também influenciou mudanças a nível da adopção da democracia noutros países
36 ANOS DE O MIRANTE
Diamantino Duarte, 66 anos, presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém

Os jornais, como qualquer entidade ou cidadão, devem cumprir todos os normativos legais que um estado democrático tenha em vigor. Mas isso não pode colocar em causa a liberdade de imprensa e de informar.

Há cada vez mais pessoas que optam por ser informadas através do que lhes chega pelas redes sociais. É o seu caso?

Todos os dias recebo informação através das redes sociais, que representa mais de 60% da informação que recebo, e este, estou disso convencido, será o futuro. Hoje a velocidade a que a informação flui não é mais compatível com outra forma de transmitir toda a informação de que, todos nós, necessitamos na gestão do nosso dia-a-dia.

Há muitos jornais em dificuldades, alguns dos quais de âmbito nacional e outros que já deixaram de se editar, nomeadamente regionais? É algo que o preocupe?

Em democracia quando um órgão de comunicação social deixa de existir tem, forçosamente, de preocupar qualquer cidadão. Uma democracia sem comunicação social nunca poderá ser uma democracia pois a comunicação social é imprescindível num qualquer regime democrático.

Os órgãos de comunicação social têm que estar registados e os seus responsáveis identificados. E têm que cumprir leis, nomeadamente a lei de imprensa. São demasiadas exigências?

Os jornais, como qualquer entidade ou cidadão, devem cumprir todos os normativos legais que um estado democrático tenha em vigor. No entanto nenhum desses normativos pode, em qualquer momento, colocar em causa a liberdade de imprensa e de informar.

A informação devia ser toda gratuita e de acesso livre? Como acha que isso poderia ser feito?

Por princípio a informação devia ser gratuita e de acesso generalizado. Para tal deveriam existir dois tipos de financiamentos: um público, através da existência de apoios do Estado com a isenção de algum tipo de impostos (por exemplo: as empresas de comunicação estariam isentas do pagamento de IRC na parte exclusiva do negócio afecto à informação) e do financiamento proveniente da publicidade.

Consegue explicar, com um ou dois exemplos, como acha que seria a sua vida, a nível pessoal e profissional, num país não democrático?

Não consigo pensar numa situação dessas pois não consigo pensar a vida sem esse bem tão essencial, “a democracia”.

O que foi para si o 25 de Abril de 1974?

O 25 de Abril foi um momento que fez a separação na forma de vida dos portugueses. Terminou um período da vida política e iniciou um novo período. Foi, ao contrário de outras, uma data e um momento que modificou totalmente a vida do país e foi também um momento importante para outros países pois foi depois do nosso 25 de Abril que outros países mudaram os seus regimes e abriram a vida das suas populações à democracia como aconteceu em Espanha e na Grécia.

A Inteligência Artificial está presente, cada vez mais, na nossa vida. Sente isso?

É uma verdade inultrapassável. A Inteligência Artificial faz hoje já parte da nossa vida, temos de nos adaptar a esse novo momento tomando todas as medidas necessárias para o vivermos.

As alterações climáticas são uma realidade ou há muito exagero no que é apresentado? Vale a pena alterarmos alguns comportamentos?

As alterações climáticas são um facto e isso deve fazer com que cada um de nós adopte novos hábitos contribuindo assim para um futuro melhor. Pessoalmente já há muito alterei alguns comportamentos como ter passado a utilizar viaturas híbridas ou mudando alguns comportamentos quando realizo aquisições dos mais variados artigos.

Na Constituição da República estão inscritos os direitos e os deveres dos cidadãos. É capaz de indicar dois ou três dos nossos deveres constitucionais?

Participar em todos os actos eleitorais e respeitar a vontade expressa dos eleitores.

Qual foi o último texto que leu em O MIRANTE de que gostou?

Leio o jornal todas as semanas, concordando com alguns artigos e discordando de outros como é normal.

Se tivesse que classificar a classe política que vai festejar os 50 anos do 25 de Abril na Assembleia da República que pontuação lhe dava de 1 a 10?

Como sou bom rapaz dou nota positiva seis.

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