O MIRANTE | 18-11-2023 15:00

Estamos a poluir a nossa casa e o mais grave é que muitos nem sequer pensam no assunto

Estamos a poluir a nossa casa e o mais grave é que muitos nem sequer pensam no assunto
36 ANOS DE O MIRANTE
Maria José Figueiredo, 64 anos, advogada e provedora da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior

O 25 de Abril de 1974 mudou a vida dos que já eram nascidos e de todos os que nasceram depois. Foi muito importante, até para os que na época, de alguma forma, não o conseguiram entender.

As alterações climáticas são uma realidade ou há muito exagero no que é apresentado? Vale a pena alterarmos alguns comportamentos?

Estamos a poluir a nossa casa e o mais grave é que muitos de nós nem sequer pensam no assunto. Pessoalmente, só uso o carro quando indispensável, selecciono o lixo, para colocar no ecoponto, mudei todas as lâmpadas para Led, e tenho alguns cuidados com a temperatura da água. No que diz respeito à alimentação, como pouca carne.

A Inteligência Artificial está presente, cada vez mais, na nossa vida? Sente isso?

Não me posso sentir confortável com uma questão que desconheço e sobre a qual não sei qual o resultado da sua utilização. No entanto como gosto de desafios, com expectativa, aguardo que impere o bom senso na sua aplicação.

O que foi para si o 25 de Abril de 1974?

Para responder a esta pergunta com algum conteúdo seriam necessárias todas as páginas de um jornal. O 25 de Abril de 1974 mudou a vida dos que já eram nascidos e de todos os que nasceram depois. Claro que foi muito importante, até para os que na época, de alguma forma, não o conseguiram entender como tal.

Há cada vez mais pessoas que optam por ser informadas através do que lhes chega pelas redes sociais. É o seu caso?

Excepcionalmente utilizo as redes sociais para me informar. Não considero fiável a informação proveniente das redes sociais. Tento estar informada por outros meios que transmitem as notícias de forma isenta, imparcial e credível.

A informação devia ser toda gratuita e de acesso livre?

Idealmente a informação poderia ser gratuita mas, tal como noutras áreas, deve ser realizada por profissionais remunerados.

Há muitos jornais em dificuldades, alguns dos quais de âmbito nacional e outros que já deixaram de se editar, nomeadamente regionais? É algo que a preocupe?

Sim, é uma questão preocupante porque é importante haver diversidade de imprensa.

Consegue explicar, com um ou dois exemplos, como acha que seria a sua vida, a nível pessoal e profissional, num país não democrático?

A falta da democracia seria terrível para mim. Não me imagino a viver num país sem democracia. A misoginia seria o problema nº 1 que iria repercutir-se na minha vida pessoal e profissional. Desde logo não me iriam fazer estas perguntas pois a minha opinião não contava. A nível profissional tudo seria diferente. Veja-se o que acontece hoje nas salas de aulas das universidades portuguesas em que a maioria dos alunos são mulheres, comparando com o que acontece em determinados países, em que os governos não permitem às meninas frequentarem a escola.

Na Constituição da República estão inscritos os direitos e os deveres dos cidadãos. É capaz de indicar dois ou três dos nossos deveres constitucionais?

O dever de cumprir a Lei; o dever de votar; o dever de colaborar com as autoridades; o dever de pagar impostos; o dever de educar os filhos.

Qual foi o último texto que leu em O MIRANTE de que gostou?

O texto referente à celebração, em 6 de Novembro de 2023, da elevação de Rio Maior a concelho.

Se tivesse que classificar a classe política que vai festejar os 50 anos do 25 de Abril na Assembleia da República que pontuação lhe dava de 1 a 10?

Dava seis, sendo a média de alguns que não conseguiria avaliar com mais do que zero ou um pontos e outros (raros) a quem atribuiria dez pontos.

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