Só uma imprensa forte defende a democracia
Os galardoados com os prémios Personalidade do Ano destacaram o papel e a força editorial de O MIRANTE na região, salientando a importância que o jornal tem tido em fazer chegar notícias importantes à comunidade, mas também em mostrar os bons exemplos de quem faz a diferença.
Os galardoados com os prémios Personalidade do Ano destacaram o papel e a força editorial de O MIRANTE na região, salientando a importância que o jornal tem tido em fazer chegar notícias importantes à comunidade, mas também em mostrar os bons exemplos de quem faz a diferença. “Exactamente como na democracia não se vive sem partidos, também não se vive sem informação. Estamos perante um ataque à democracia. Qualquer sistema destrói-se por dentro e não podemos deixar destruir esse sistema. Será mais fácil destruir esse sistema se não tivermos informação. E informação credível, de jornalistas, não das redes sociais, que é o que está a formar o pensamento das pessoas. A informação credível, de pesquisa, de fundo, é muito mais do que isso. É o pilar de qualquer estado democrático, a informação livre, que é o caso do MIRANTE”, referiu Anabela Freitas, prémio Prestígio.
A juíza Albertina Pedroso, Personalidade do Ano, partilhou com O MIRANTE “o espírito de proximidade que faz do jornalismo regional, exercido com o rigor e isenção a que me habituei a testemunhar ao longo dos anos de exercício de funções em terras ribatejanas, uma referência séria na comunicação social descentralizada de interesse nacional mas valorizando as especificidades da região em que se insere”, destacou.
Para José Eduardo Carvalho, prémio Vida, o jornal é um exemplo de sucesso empresarial e editorial e o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, prémio Política, disse ter muita confiança no futuro do jornal. “Somos muito poucos na região e no território, precisamos de estar todos juntos, puxar por esta região e todas as instituições públicas, empresas e cidadãos são importantes. Não há entidades mais importantes que outras. Mas a comunicação social desempenha um papel importante em puxar pelo território. É bom que sinalize o que se faz de bom e o que verdadeiramente tem a ver com os nossos valores e aquilo em que somos melhores. Temos muita esperança no vosso trabalho semanal”, elogiou.
A vice-presidente da Câmara de Benavente, Catarina do Vale, prémio Política, disse que o jornal eleva os níveis de informação com cariz regional que “impactam também a nível nacional”. E José Manuel Franco, presidente da Cerci Flor da Vida de Azambuja, destacou o jornalismo “de qualidade e de rigor” de O MIRANTE, realçando que é “o tipo de comunicação social que precisamos”. Purificação Reis, prémio Associativismo, reconheceu o papel crucial que o jornal desempenha na “construção de uma comunidade mais forte e resiliente”, disse. Por fim, Joaquim Salvador, dos Revisteiros de Samora Correia, agradeceu “do fundo do coração” o trabalho que O MIRANTE faz pela divulgação da arte e do que a região tem de melhor. “A imprensa regional é extremamente importante e não é só nas grandes cidades”, concluiu.
O papel da mulher na sociedade e os 50 anos de Abril nos discursos das Personalidades do Ano de O MIRANTE
Iniciativa promovida por O MIRANTE, que vai na 19ª edição, distinguiu na tarde de 29 de Fevereiro pessoas e instituições que fazem a diferença na vida da comunidade e da região. Na cerimónia, que contou com quatro centenas de convidados no Convento de São Francisco, em Santarém, os premiados alertaram nos seus discursos para a necessidade do Ribatejo reforçar a sua coesão territorial e social, falaram do novo aeroporto, da importância do associativismo, dos 50 anos de democracia e de tantas outras coisas como o Serviço Nacional de Saúde.
A construção do novo aeroporto em Santarém como factor de desenvolvimento regional, a importância do Serviço Nacional de Saúde e o reforço do papel da mulher na sociedade nos 50 anos da revolução de Abril foram temas abordados pelos agraciados com os prémios Personalidade do Ano de O MIRANTE. Perante quatro centenas de convidados no Convento de São Francisco, em Santarém, na tarde de 29 de Fevereiro, a juíza presidente do Tribunal da Relação de Évora, Albertina Pedroso, de Alverca do Ribatejo, Personalidade do Ano para os jornalistas de O MIRANTE, sublinhou que a prometida igualdade salarial ainda não é uma realidade. “As mulheres só tiveram direito de voto depois da revolução e só a constituição de 1977 lhes conferiu a possibilidade de entrarem na magistratura. Isso explica por que é que só agora a representatividade feminina esteja a chegar aos cargos electivos dos tribunais superiores e não tenha ainda atingido os mais altos cargos da magistratura portuguesa”, afirmou.
Albertina Pedroso reconheceu que foi percorrido um longo caminho pela sociedade mas muito mais há a percorrer para que, por exemplo, a igualdade de oportunidades, independentemente do género, seja uma realidade. “A desejada igualdade de oportunidades deve ser impulsionada pela educação. É através do ensino, com professores de excelência, que se formam os jovens de hoje, que são as gerações futuras, e se torna possível a mobilidade social incentivando a componente do mérito”, disse a juíza, lembrando ser o produto de uma escola pública e a prova que os sonhos de criança são possíveis se trabalharmos para os concretizar. A magistrada, realçando que as pessoas podem confiar nos tribunais, sublinhou que em tempos de guerras, de crises sociais e económicas, de erosão dos direitos, estes são o último reduto de garantia dos direitos, liberdades e garantias. Notando que a Justiça não é uma área de palco, nem tão pouco “instagramável”, lembrou que todos os dias juízes, magistrados do Ministério Público e funcionários judiciais trabalham arduamente para tentarem ajudar a repor o equilíbrio social que se perdeu realçando que aos tribunais chega o que corre mal.
Lutar por um aeroporto em Santarém
José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), prémio Vida, defendeu uma sessão pública para reconhecer o que os antigos autarcas da região fizeram para que esta crescesse. “Se temos hoje esta região com qualidade de vida, com crescimento, desenvolvimento, não nos podemos esquecer do que estes homens fizeram na década de 1990. Custa-me muito não haver um reconhecimento deles. O dirigente, que também foi presidente da Nersant, reconheceu “a tenacidade e persistência” de Carlos Brazão na defesa do projecto do novo aeroporto para Santarém. “É uma luta difícil, mas é com esta perseverança que por vezes se conseguem grandes feitos e grandes obras”, lembrou. O aeroporto é a melhor arma para a região ter maior coesão territorial, defendeu Anabela Freitas, vice-presidente do Turismo do Centro, distinguida com o prémio Prestígio. “É um investimento necessário embora saiba que não é consensual. Se vamos fazer um investimento com essa envergadura então que seja feito num local onde contribua para a coesão territorial”, defendeu.
Anabela Freitas, que foi presidente da Câmara de Tomar até há pouco tempo, referiu ainda outros desafios importantes para a região como a criação da nova região, exortando a que a academia e as empresas sejam convocadas para esse desafio. Porque assim, acrescentou, “estaremos a contribuir para a territorialização das políticas públicas”. A dirigente, que sempre trabalhou no sector público, diz que pautou a sua vida pelo esforço em dar o seu melhor dedicando o prémio às pessoas com quem trabalhou.
SNS é um valor de Abril
O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, Personalidade do Ano Nacional, também valorizou no seu discurso os 50 anos de Abril. “Há 50 anos criámos a democracia, mas há 45 anos o povo decidiu criar um dos alicerces mais importantes dessa democracia, de coesão territorial e social, que foi o Serviço Nacional de Saúde”, disse, recebendo um forte aplauso. O médico do Centro Hospitalar do Médio Tejo recordou o serviço médico à periferia quando os seus antigos colegas saíram dos grandes hospitais de Lisboa, Porto e Coimbra e “levaram a saúde a todos os recantos do país, onde muitos portugueses do interior e das ilhas nunca tinham visto sequer um enfermeiro quanto mais um médico. É uma história muito bonita”, elogiou. Carlos Cortes notou que mesmo perante “a calamidade de uma pandemia” o povo soube unir-se para lhe fazer frente e superar as adversidades.
Dizendo querer deixar uma mensagem de esperança, sublinhou que os portugueses sempre conseguiram ultrapassar as dificuldades. “Temos sempre esta perspectiva da fatalidade, que vai tudo correr mal, mas a verdade é que conseguimos sempre dar a volta porque nos mantemos unidos”, afirmou, garantindo que a saúde e bem-estar dos seus doentes serão sempre as suas prioridades. “A função do bastonário é defender os doentes, a qualidade dos cuidados de saúde, é defender o SNS”, referiu dedicando o prémio a todos os que necessitam de cuidados de saúde, a “todos os doentes e a todos os profissionais de saúde que dedicam a sua vida ao bem-estar dos outros”.
Nenhum autarca governa sozinho
O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, recebeu o prémio Personalidade do Ano Política num momento “particularmente relevante como é os 50 anos do 25 de Abril”, comentando que “os municípios devem servir as pessoas e não lhes dificultar a vida”. Outro facto importante foi o da sua mulher estar na plateia porque “em 20 anos nunca foi a coisa alguma comigo e hoje veio”, revelou, agradecendo-lhe por muito bem o substituir na educação dos filhos. O autarca lembrou um conjunto de pessoas importantes na sua vida política, entre vereadores e adjuntos. “Pessoas como o Ricardo Aparício e a Carla Catarino, falo deles porque são o esforço de uma equipa que está por detrás de nós que nos ajuda a pensar e a decidir. O trabalho de vereador é muito importante na acção política das nossas autarquias. Estou muito agradecido a todos incluindo aos presidentes de junta e aos autarcas da comunidade intermunicipal, pelo seu trabalho de união, partilha e cooperação. É muito importante e valoriza o trabalho de equipa que é importantíssimo”, afirmou.
Manuel Valamatos, que em tempos jogou futebol, lembrou que o espírito de equipa é fundamental para quem quer levar a sua missão adiante e que um prémio é uma responsabilidade para fazer mais e melhor. “Estou certo que continuarei a pautar a minha vida pela ética e humanidade”, concluiu. A política também tornou Catarina do Vale, vice-presidente da Câmara de Benavente, “uma pessoa melhor”, que destacou a crescente presença das mulheres na política, com uma competência e determinação que vai muito além da lei da paridade. A galardoada com o prémio Política recordou a dedicação à vida pública “numa missão de servir sem nunca me servir” e deixou uma palavra de apreço aos autarcas da Lezíria do Tejo. Catarina do Vale afirmou ter norteado sempre a sua vida de forma assertiva, com princípios humanistas e solidários, valores que diz ter recebido da família, e endereçou uma mensagem ao marido, o crítico tauromáquico Maurício do Vale: “Só lhe posso pedir desculpa por todas as minhas ausências e dizer-lhe que o amo muito”.
Orgulho de servir a comunidade
A Cerci Flor da Vida de Azambuja recebeu o prémio Personalidade do Ano na área da Cidadania e o presidente da instituição, José Manuel Franco, destacou o empenho e resiliência de todos os dirigentes e dos 90 trabalhadores da instituição em servir os 410 utentes. “Houve no colectivo uma grande capacidade de recuperar de uma situação gravíssima. Tomámos posse em Fevereiro de 2020 e depois em Março rebentou a pandemia. E mesmo assim tivemos a capacidade de crescer, com essas dificuldades todas e recuperar. Tivemos rigor e racionalidade na utilização de recursos e um grande trabalho de equipa”, elogiou. Lembrando que na instituição “os modos verbais têm de ser na primeira pessoa do plural”, destacou a importância do trabalho de equipa e do planeamento. “Tudo em volta de objectivos claros, para melhorar o serviço prestado, apostar na qualidade e alargar a mais utentes as nossas respostas”, afirmou. “Se existe da vossa parte o sentimento de orgulho poderão e deverão continuar a tê-lo. Estaremos à altura deste prémio”, prometeu.
Já o prémio Associativismo foi entregue à Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO), com a presidente, Purificação Reis, a lembrar os 80 anos de história de uma associação que sempre teve uma intervenção forte além-fronteiras. “Temos um projecto de aceleração do comércio digital do Médio Tejo e que se encontra agora a arrancar em força e vai contribuir para a digitalização de 700 empresas do sector de comércio e serviços na região”, disse, dias depois de a ACISO ter realizado o workshop internacional de turismo religioso que levou a Fátima operadores turísticos de 40 países e que permitiu cinco mil reuniões de negócio.
Purificação Reis lembrou os vários presidentes da ACISO que, ao longo dos anos, serviram a associação, “sempre guiados pela convicção que o associativismo é uma força transformadora que pode moldar o futuro da nossa comunidade e do nosso território”. O prémio de O MIRANTE, destacou, é o reconhecimento do compromisso da ACISO para com a região e a sua dedicação em promover o seu desenvolvimento económico e social, apelando aos jovens para abraçarem as causas colectivas e públicas para “construirmos um futuro mais próspero e inclusivo para todos. O associativismo precisa de se rejuvenescer e de jovens capazes e dinâmicos”, acrescentou.
O poder do associativismo
O ex-presidente da Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio Carregueirense Vitória, agraciada com o prémio Cultura, Hélder Silva, realçou que o prémio “é a prova que andamos a trabalhar de forma digna, gratuita, sempre a olhar o futuro de uma instituição com 93 anos”. E reconheceu que este é um galardão mais que merecido pelo trabalho de formar músicos, alguns dos quais são hoje profissionais da música, o que “prova que a nossa formação é uma mais-valia para todos”, realçou. Ana Castro Gomes, presidente da União Desportiva e Cultural de Aldeia do Sobralinho (UDCAS), concelho de Vila Franca de Xira, agradeceu o prémio Desporto, sublinhando que o foco da instituição foi sempre trabalhar para o bem comum. “Não é a preparação, estratégia ou tácticas que fazem a diferença. É a emoção, entusiasmo e a vontade de fazer acontecer. Esta equipa, em que somos todos voluntários, trazemos imensas ideias, energia e isso faz com que a UDCAS seja falada, não só no Sobralinho como no panorama nacional”, destacou.
Para Ana Castro Gomes “a jornada associativa é uma auto-descoberta diária em que cada um de nós se encontra neste trabalho para servir o outro. Fazemos a diferença em cada associação. As instituições continuam a existir, a impactar vidas e a fazer o seu trabalho de envolvimento cívico e social ajudando a construir memórias”, referiu. O outro prémio Desporto foi entregue ao Gimno Clube de Santarém, com Fernando Gaspar, presidente da direcção da instituição, a apontar como meta voltar a ter em 2025 a Taça do Mundo de Ginástica de Trampolins novamente em Santarém e a relevar o papel das famílias, sem as quais não havia desporto em Portugal. “São elas que pagam boa parte das medalhas”, disse.
O país não é só Lisboa
Joaquim Salvador, fundador da Associação Teatral Revisteiros de Samora Correia, agraciada com o prémio Cultura, começou por dizer que a região tem valor e que nem tudo tem de estar concentrado na capital do país. “Quando um dia pensei que em Samora Correia havia de um dia ter uma companhia profissional de teatro é porque sempre achei que não podem ser só as grandes cidades a tê-lo. Infelizmente Portugal continua a olhar apenas para Lisboa. Parece que tudo o resto é paisagem. Não podemos olhar para o país desta maneira”, criticou o responsável, lembrando que o teatro é a melhor forma de contar histórias e os sentimentos que nos vão no coração. Lembrou Rogério Pernes, que os impulsionou a fazerem teatro de rua e espectáculos do 25 de Abril e destacou o prazer de actuar em concelhos como Salvaterra de Magos, Vila Franca de Xira e Alenquer.
“É nos mais pequenos que a semente do teatro tem de ser colocada. É isso que tentamos fazer. É tão bom rir de nós próprios. O primeiro com quem gozo é comigo mesmo, a começar pela minha forma de vestir”, brincou Joaquim Salvador, lembrando que ninguém faz nada sozinho e que o teatro nos últimos 40 anos “sempre foi o parente pobre” da cultura em Portugal. E lembrou que foi com a palavra, com a arte dos actores e do teatro, que se lutou contra as ditaduras e os absolutistas. “Eu seria muito feliz se deixasse de ver países a invadir outros países e povos a serem massacrados. Este prémio vai para todos eles. Iremos sempre lutar por essas pessoas que estão desprotegidas e têm o direito a serem felizes como nós somos”, rematou.
A Quinta da Alorna recebeu o prémio Excelência e Pedro Lufinha, director-geral da empresa desde 2010, destacou que em 2019 houve uma mudança geracional na administração que trouxe sangue novo e muito mais ambição. “Investimos numa micro-adega para fazermos produtos de qualidade superior, uma equipa comercial e de comunicação, em vinha, no palácio, estamos a investir num salão de eventos, temos muitos investimentos para fazer crescer a marca mais e melhor”, anunciou. Aumentar a notoriedade da Quinta da Alorna é um dos objectivos anunciados por Pedro Lufinha, que informou que o vinho lançado no ano passado, o “1723”, para comemorar os 300 anos da quinta, entrou no Top 30 de excelência dos vinhos portugueses. Este prémio de O MIRANTE deixa-nos muito satisfeitos e dá-nos um alento enorme e vontade imensa de continuarmos a fazer mais e melhor, que é o que vamos continuar a fazer nos próximos anos”, concluiu.
Luta contra falta de meios
Na sua intervenção Albertina Pedroso lembrou os desafios vividos pelo Tribunal da Relação de Évora (TRE) no que toca à falta de meios. “Não somos excepção à regra. Temos uma área territorial que é quase metade do nosso país onde se inclui o distrito de Santarém. Essa falta de meios começou desde o início da nossa organização judiciária e agravou-se”, lamentou. Neste momento, segundo Albertina Pedroso, dos 53 juizes desembargadores que constituem o quadro do TRE apenas exercem funções efectivas 43. “Pese embora esse facto aos processos entrados conseguimos responder com uma média superior de saídas no ano que passou. Podem imaginar que só se alcançam esses resultados, de mais de 100% da taxa de resolução de processos, graças ao esforço de todos os que ali exercem funções”, alertou.
As lições de José Eduardo Carvalho
O discurso do presidente da AIP foi um dos mais aplaudidos da noite sobretudo quando partilhou alguns dos seus ensinamentos de vida. “Quando me ligaram para dar o prémio Vida para mim foi um choque. Dá-se esse prémio quando já se está na fase final da vida. E gosto muito de distinguir entre a idade metabólica e a biológica”, brincou o dirigente, confessando que todos os dias quando se levanta bebe um copo de água com alho picado e açafrão das índias. “Como quinoa biológica, ovos cozidos todos os dias, esfalfo-me a correr. Quando vou buscar a minha filhota ao Sporting no estádio do Jamor mato-me a correr. Acompanho a minha filha aos estágios de ski e subo e desço montanhas, vou ao ginásio e a minha mulher quando saio para fazer BTT tem medo que eu apareça estendido debaixo de uma árvore. Ou de uns painéis fotovoltaicos porque na zona do Cartaxo está tudo cheio desses painéis”, disse em tom divertido.
Lembrando que para si a gratidão é um dos maiores valores da sociedade, partilhou mandamentos que disse estarem constantemente no seu dia-a-dia: “Se quiseres resolver um problema fala, se o quiseres agravar escreve. Um acordo razoável é sempre preferível a uma grande demanda e a um grande litígio. Se ao acordares não sentires paixão para o trabalho que vais fazer mais vale mudares de emprego. Se perderes tempo a acertar contas com o passado não tens tempo para gerir o presente, comprometes o futuro e aproximas-te do abismo. Se não tiveres nada de positivo para dizeres bem de alguém é preferível estares calado. Se parares para espantar cada vez que um cão te ladra nunca chegarás ao destino que traçaste. Quando um bom trabalhador é tratado da mesma forma que o ruim o bom desmotiva e o mau não melhora. E se quiseres alguma coisa dita pede ao homem. Se quiseres alguma coisa feita pede a uma mulher”.