Marques Mendes conta na redacção de O MIRANTE a sua ligação à imprensa regional

Luís Marques Mendes recordou durante uma visita a O MIRANTE os tempos em que foi chefe de redacção do jornal da sua terra.
Luís Marques Mendes recordou durante uma visita a O MIRANTE os tempos em que foi chefe de redacção do jornal da sua terra. O candidato presidencial que esteve nas instalações do jornal em Santarém na terça-feira, 27 de Maio, na altura do fecho da edição semanal, contou que começou a colaborar com o Correio de Fafe quando era muito jovem e fê-lo até aos 28 anos quando surgiu a primeira experiência governativa na primeira eleição de Cavaco Silva, tendo ficado, sem o esperar, com a pasta da comunicação social.
O político, advogado e comentador recordou que exercia advocacia e que tirava algum tempo da profissão para trabalhar no jornal, realçando que era um trabalho de dedicação. Situação que fez com que tenha uma “admiração e estima imensa” pela imprensa regional, dando como exemplo O MIRANTE que diz ser um “exemplo excepcional” e “uma referência há muito tempo”. Antes desta intervenção, Marques Mendes tinha ouvido o director geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio elencar as principais questões que preocupam o sector, sendo que uma delas tem precisamente a ver com eleições, já que os municípios deixam de publicitar a partir do despacho de marcação de eleições.
Marques Mendes revelou também como chegou a secretário de Estado da comunicação social. Na altura o então primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva convidou-o para integrar o governo e recusou duas vezes. À terceira resolveu dizer sim e quando soube que lhe estava reservada a pasta da comunicação social disse que não tinha experiência na área. E Cavaco Silva respondeu-lhe que o tinha escolhido precisamente por isso, por não ter vícios no sector. No governo que durou cerca de ano e meio (Novembro 1985 a Julho 1987) numa situação minoritária, em clima de diálogo conseguiu fundar a agência de notícias Lusa, extinguindo a agências ANOP que era pública e a NP que era uma cooperativa financiada pelo Estado. Foi também Marques Mendes que implementou o estatuto da imprensa regional e que fez uma revolução no sector com um pacote de incentivos à reconversão tecnológica.