Três livros da Rosmaninho a chegarem às livrarias

A Rosmaninho Editora de Arte, uma chancela de O MIRANTE, acaba de publicar três novos livros que estão a chegar às livrarias. Diário, poesia e crítica literária são os géneros literários das novidades.
Vergílio Alberto Vieira, autor de obra imensa, densa, trabalhada até à exaustão (poesia, novelística, teatro, ensaio/ crítica, tradução e mais de 40 livros infanto-juvenis), revelando o seu comprometimento com o seu tempo e a sua gente, pois, como ensina José Saramago: “é dificílimo o acto de escrever, responsabilidade das maiores”, Vergílio Alberto Vieira aqui está, retomando, em A Casa dos Expurgos / Diário 2024, o compromisso assumido com os leitores de Rei Exilado (2022) e Um Passo Antes da Morte (2024), anteriores entregas aos seus leitores. Tornado cúmplice da multiplicidade de olhares em áreas tão diversas como a das relações humanas, sociedade, política, filosofia, religiões e artes, eis o seu modo de estar na literatura.

Os textos reunidos neste livro foram apresentados num colóquio promovido em Abril de 2024 na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que teve a particularidade de contar com a presença da própria Ana Miranda, numa iniciativa conjunta do CITCEM, de O MIRANTE e da editora Rosmaninho. De uma forma modesta mas empenhada, juntando três brasileiros e quatro portugueses — académicos, críticos, poetas e editores — procurámos estudar este equilíbrio entre duas musas (Clio e Calíope) e uma deusa (Afrodite), rendendo homenagem a uma escritora e a uma mulher superior. Ana Miranda é a escritora brasileira mais portuguesa de todos os tempos. A autora de O Retrato do Rei reinventou há 35 anos o romance histórico brasileiro com a publicação de Boca do Inferno, que já foi considerado um dos 100 melhores romances de sempre em língua portuguesa.

Depois de meia década de silêncio, Frederico Gomes volta ao cenário poético com Esse animal, o homem (precedido de Tríptico: escrito entre 2014-18), livro que marca os seus 30 anos de carreira e o consolida como um dos grandes nomes da poesia brasileira contemporânea. Duas características fizeram dele, desde o início, uma das mais singulares vozes poéticas do Brasil: um certo pessimismo shopenhaueriano (metafísico e, simultaneamente, pragmático), perpassado por uma postura crítica irónica, mordaz, desabusada até, diante das intempéries da vida e do mundo, suavizando, assim, a melancolia e a desolação, principais atributos que constituem a personalidade – humana e literária – do autor. Poeta de poetas, leitor voraz de seus pares – do passado e do presente –, Frederico possui um vasto repertório cultural, de carácter universal, que, em suas origens mais remotas, aponta, no mínimo, para a Grécia Clássica. Este é o seu primeiro livro editado em Portugal.
