O MIRANTE TV | 18-11-2022

O MIRANTE faz a diferença e sustenta o seu prestígio ao escrutinar o Poder

Joaquim Antonio Emidio valorizou os 35 anos de O MIRANTE, falou na importância das parcerias e valorizou as empresas ribatejanas e os empresários que encheram o Convento de S. Francisco, em Santarém, na entrega do Galardão Empresa do Ano, que decorreu no final da tarde de 17 de Novembro.

"Ontem O MIRANTE comemorou 35 anos. Hoje entregamos pela 21ª vez os prémios Galardão Empresa do Ano. É com orgulho que falo dos dois acontecimentos. Um que já passou e que constituiu mais um feito da equipa, pois é a maior edição de aniversário de sempre, e aquela que reúne mais colaboração e riqueza, e esta que agora começa, e que certamente ficará na nossa história porque os nossos premiados não quererão fazer a coisa por menos como tenho quase a certeza que acontecerá. Interagir com a comunidade da nossa região, com os leitores, com as empresas e as associações e as instituições em geral está no ADN de O MIRANTE desde a sua fundação. Com os leitores mais do que com todos os outros, porque são eles que alimentam a redacção com os seus telefonemas e com o reconhecimento de que nós somos a sua voz, e defendemos os seus interesses. Nem sempre conseguimos os nossos objectivos, e nem sempre os leitores têm razão para aparecerem ou para serem notícia".


"O Galardão Empresa do Ano tem idade suficiente para fazermos aqui um pouquinho de história, embora em poucas palavras. A Nersant presidida pelo seu presidente da altura, José Eduardo Carvalho, apadrinhou a ideia e a Maria Salomé Rafael, que o substituiu na direcção, deu-lhe seguimento. Com a Nersant colaboraram outras empresas e instituições ao longo destes anos. Entretanto a Nersant ficou pelo caminho com a nova direcção que resolveu cortar relações com o jornal, mas os outros parceiros continuaram e aumentaram porque nós não somos para brincadeiras nem brincamos em serviço. Quero deixar aqui, antes de fechar este assunto, uma palavra especial de gratidão ao José Eduardo Carvalho e à Maria Salomé Rafael, que nao pode estar connosco por razões de força maior, por terem estado connosco e por continuarem a estar, embora hoje noutra condição (: ) Permitam que aproveite o facto de termos a sala cheia de empresários para vos falar da nossa condição de subalternos dos poderes de Lisboa e das entidades que governam o Estado, embora, como todos sabemos, não estejamos sozinhos nesta luta contra o centralismo e a falta de democracia nas instituições do Estado.Falo frequentemente com empresários que elogiam O MIRANTE por ser uma voz do contra, por sermos capaz de sobreviver e crescer mesmo fazendo o escrutínio do poder; pois eu acho que é aí que O MIRANTE consegue fazer a diferença e sustentar o seu prestigio. Não posso dizer o mesmo pelo que vamos vendo, quanto a algumas associações que deviam ser uma voz forte na defesa dos empresários. Nesta altura, com a crise que está aí, e que se vai agravar, muita gente não ficaria pelo caminho se tivesse ajuda, se encontrassem organizações de classe que as defendessem e que não cobrassem à cabeça como também já acontecesse no associativismo dos tempos modernos".

"Há dezenas de anos que os dirigentes empresariais criticam o facto de haver associações a mais, que competem entre si quando deviam trabalhar em conjunto na defesa das empresas e dos empresários. Assim como todos nós cuidados e apostamos num bom director financeiro, num bom diretor de recursos humanos, também deveríamos começar a apostar mais numa boa associação, nos bons dirigentes associativos, fazendo ouvir a nossa voz e incentivando os dirigentes a fazerem os caminhos até aos ministérios, até aos gabinetes dos chefes de gabinte dos ministros, até aos presidentes das mil instituições em que se divide o Estado que nos governa, muitas vezes mal porque nós também nos demitimos de ser duros como contribuintes e cidadãos activos e bem informados dos nossos direitos".

"Não estou a fazer um apelo nem a querer ensinar a missa ao padre, como se diz na gíria; estou só a transmitir aquilo que também eu sinto na pele todos os dias: os jornais não tem uma associação que defenda a indústria, muito menos que a represente, estamos tal como a maioria dos empresários entregues a associações que vivem afogadas em dívidas, e em problemas maiores do que aqueles que nós próprios vivemos nas nossas empresas. Desde há 35 anos que sempre fomos ligados ao associativismo, e sou testemunha dos ensinamentos que isso nos trouxe, dos conhecimentos que nos proporcionaram, das parcerias que fizemos graças a essa dinâmica que havia e que tem vindo a morrer na praia ( : ) Longe vão os tempos em que os governantes tinham medo do que os empresários vinham dizer para a comunicação social. Hoje poucos se atrevem a ser do contra, e a maioria vive amordaçado por causa dos apoios de que dependem. E, pior que isso; os dirigentes associativos de fibra estão em extinção. Esse, para mim, é que é o grande problema ( : )"

"O MIRANTE tem um caderno de economia que quase nasceu com o jornal. Não fundamos um jornal sem termos a certeza que tínhamos empresários do nosso lado. Hoje, e digo isto sem vaidade, somo o único jornal em Portugal que mantem um caderno de classificados que ainda se pode chamar assim. Os jornais nacionais que nos faziam concorrência, que em trabalham de telemarqueting assediavam os nossos anunciantes dos classificados, com melhores descontos e visibilidade dos anúncios, ficaram pelo caminho, evaporaram-se, e nós continuamos, e vamos crescer se a guerra não nos tramar já que da pandemia parece que estamos quase safos ( : ) Não quero ser chato mas também não quero deixar passar mais esta oportunidade para vos dizer que o êxito de O MIRANTE e deste Galardão Empresa do Ano é mais vosso do que nosso e esperamos que assim se mantenha por muitos anos".

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