Encerrou a única mercearia de Arrifana onde idosos compravam o essencial
Mercearia da aldeia, que funcionava num espaço da junta de freguesia, fechou portas após desentendimentos entre a gerente a autarquia.
Prateleiras e arcas vazias são o que resta da Mercearia da Aldeia, o único espaço onde a população de Arrifana, maioritariamente envelhecida, podia comprar diariamente bens essenciais. O estabelecimento encerrou definitivamente portas ao final da tarde de quarta-feira, 31 de Janeiro, depois de um braço-de-ferro entre a gerente e a junta da União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa, no concelho de Azambuja, que nunca chegaram a entendimento.
Isabel Calvário queixa-se de nunca ter tido um contrato de arrendamento dos espaços que utiliza e sobre os quais paga uma renda à junta de freguesia e rejeita o modelo de contrato que esta autarquia lhe propôs permitindo a exploração de mercearia, mas proibindo a venda de cafés e bebidas.
O presidente da junta, Avelino Correia refere, por sua vez, que não poderia ser feito um contrato para cafetaria quando aquele espaço não está licenciado para tal nem cumpre com as condições exigidas. Quem perde são os idosos que ali se deslocavam diariamente para comprar o essencial e enganar a solidão com dois dedos de conversa na esplanada do espaço.
*Este é um assunto desenvolvido na próxima edição semanal de O MIRANTE.