Câmara manda abaixo antigo pavilhão do Inatel em Santarém
Demolição preventiva do antigo e degradado edifício, devoluto há vários anos, foi motivada por razões de segurança, depois de ter ruído parte de uma parede. Fica assim resolvido o diferendo que a Câmara de Santarém e a Fundação Inatel tinham em relação à propriedade do imóvel.
Para grandes males grandes remédios e na manhã de terça-feira, 21 de Janeiro, a Câmara de Santarém decidiu avançar com a demolição preventiva do antigo e degradado pavilhão do Inatel, no Campo Infante da Câmara, que já dava sinais de ruína. Uma decisão justificada com razões de segurança, após se ter registado a derrocada parcial de uma parede, revelou o presidente do município, João Leite.
A Fundação Inatel deixou chegar a um estado de ruína o seu antigo pavilhão no centro de Santarém e o município, dono do terreno, já há algum tempo que pretendia remover aquela mancha da paisagem urbana. A Fundação Inatel, então presidida pelo socialista Francisco Madelino, interpôs mesmo uma acção em tribunal onde requeria o reconhecimento do direito de superfície da parcela de terreno onde estava instalado o antigo pavilhão. A acção de processo comum, com um valor de 50 mil euros, foi interposta pela Fundação Inatel num tribunal de Lisboa e requeria ainda direito de passagem.
Tal como O MIRANTE já tinha noticiado anteriormente, a Câmara de Santarém solicitou no final de 2022 à Fundação Inatel que lhe entregasse o inactivo e degradado pavilhão, mas o prazo de 10 dias úteis indicado não foi cumprido. A intenção do município era demolir o imóvel, que considerava seu e cuja propriedade era também reclamada pela Inatel, entidade que o construiu na década de 60 do século XX.
O despacho do município de Santarém, datado de 14 de Dezembro de 2022, dava um prazo de 10 dias úteis para a Inatel entregar o “imóvel em estado de ruína”, livre de pessoas e bens, assim como as chaves de acesso ao edifício. O pavilhão estava sem uso há mais de uma década. Parte do telhado de fibrocimento tinha desaparecido há anos, danificado por um temporal, várias janelas não tinham vidros e o espaço servia essencialmente para abrigo de pombos.