Opinião | 06-11-2021 07:00

Moita Flores tentou limpar a imagem fazendo-se de vítima

Moita Flores tentou limpar a imagem fazendo-se de vítima
À Margem
Ex-presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores, foi pronunciado para julgamento por ter prejudicado a câmara em obras entregues ilegalmente a uma empresa

Francisco Moita Flores, quando conheceu a acusação, em 2019, tentou limpar a imagem com teorias da conspiração, dizendo que o processo resultava de uma “sanha persecutória”.

Francisco Moita Flores, quando conheceu a acusação, em 2019, tentou limpar a imagem com teorias da conspiração, dizendo que o processo resultava de uma “sanha persecutória”. O ex-autarca dizia também na altura que o processo resultava de um “disparate” atribuindo-o ao seu sucessor e actual presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, que participou as situações à justiça.

Na sua inquirição na instrução criminal, no dia 8 de Setembro, Moita Flores continuava a fazer-se de vítima negando as ilegalidades nas obras durante o seu mandato e dizendo que estava a ser vítima de um processo de judicialização da política. Nas declarações tentou desviar as atenções para outros ao dizer que este era um processo daqueles que às vezes se fazem para judicializar a política” através de “um chorrilho de enviesamentos e falsas verdades”.

Moita Flores vai a julgamento por prejudicar a Câmara de Santarém com obras ilegais

Juíza de Instrução criminal de Santarém pronunciou o ex-autarca para julgamento por prevaricação e participação económica em negócio. Crimes que são punidos com prisão sendo os de prevaricação os mais graves com penas de dois a oito anos de cadeia.

Francisco Moita Flores foi na quinta-feira, 28 de Outubro, pronunciado pela juíza de instrução criminal de Santarém de três crimes de prevaricação de titular de cargo político e dois de participação económica em negócio, por beneficiar uma empresa de construção quando era presidente da Câmara de Santarém. O arquitecto António Duarte, também arguido no processo, que foi para a autarquia por convite do ex-autarca, viu cair na instrução os três crimes de abuso de poder de que estava acusado, por terem prescrito, mas a juíza mandou-o ser julgado por três crimes de prevaricação de titular de cargo político, apesar de na altura não exercer um alto cargo público.

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