Opinião | 12-12-2022 10:00

Na Nersant só não vê quem não quer

Na Nersant só não vê quem não quer
À Margem-Opinião
Domingos Chambel, ao centro, com Salomé Rafael e José Eduardo Carvalho.

A notícia de O MIRANTE da última assembleia-geral da Nersant já deixava adivinhar o caos que se instalou na vida da associação.

A notícia de O MIRANTE da última assembleia-geral da Nersant já deixava adivinhar o caos que se instalou na vida da associação. Nunca a Nersant teve que cooptar um presidente da assembleia-geral na plateia, nunca a Nersant reuniu com tão poucos associados, e nunca o fez com tão poucos elementos da direcção como em Junho de 2022. Para ajudar à festa os resultados do exercício da direcção de Domingos Chambel foram negativos e a sua conversa foi a de ter que despedir funcionários e alienar património para ir buscar o dinheiro que falta para gerir a associação. É verdade que só O MIRANTE noticiou estes factos, só O MIRANTE deu conta da desorganização da associação, da falta de comparência da maioria dos elementos da direcção, incluindo todos os membros da mesa assembleia-geral, mas não é verdade que o boca a boca não seja tão ou mais respeitável, neste caso, que as notícias de jornal. Os associados sabem o que se passa na Nersant mas aparentemente não ligam por acharem que é gastar cera com defuntos. Domingos Chambel não é questionável e muito menos depois do ressabiamento dos últimos dez anos.
Domingos Chambel leu certamente a nossa notícia e achou que só tinha uma forma de não voltar a ter quem trouxesse para a opinião pública a sua incompetência como presidente da Nersant; neste meio tempo tentou matar o mensageiro já que as mensagens não lhe convêm. Infelizmente para ele O MIRANTE tem um estatuto editorial para cumprir e um compromisso com a região que passa acima de tudo pelo respeito que os leitores nos merecem, mas também todas as instituições que fazem da região a melhor do país. JAE.

Nersant é governada à distância por Domingos Chambel que não ouve as críticas

Empresários da região temem pelo futuro da Nersant que já foi uma das melhores associações empresariais do país. Domingos Chambel afundou a associação numa crise que vai dos recursos humanos à falta de iniciativa e capacidade de liderança.

Domingos Chambel já leva dois anos e meio de mandato na Nersant e ainda não fez nada que não fosse prometer que vai fazer despedimentos e vender algumas das posições que a Nersant tem em empresas da qual é participada. Na última assembleia-geral, realizada em Junho deste ano, Domingos Chambel deixou isso bem claro, embora tenha admitido que não se muda de gestão e de paradigma de um dia para o outro e que precisa de tempo para concretizar as mudanças (notícia de O MIRANTE de 3 de Junho de 2022).
“A verdade é que Domingos Chambel tem feito um mandato governando à distância e projectos é coisa que não existe por culpa da crise, mas também do desinteresse e do desconhecimento do seu papel como líder”, disse a O MIRANTE um dos empresários que está com ele no conselho geral da associação, mas que reconhece que o actual presidente não tem perfil para líder associativo. “As guerras que ele está a comprar não influenciam a minha opinião; só quero saber de trabalho associativo e dos projectos para tirar a Nersant do buraco e isso ele não está a fazer nem a dar indicações que tem perfil para liderar uma associação de empresários”, afirma e pede provas do trabalho realizado nos últimos dois anos e meio pela direcção, comandada pelo empresário de Abrantes, dizendo, no entanto, estar convencido que está “a falar para o boneco porque Chambel não sabe ouvir, só sabe falar”.
A falta de comparência na associação de Domingos Chambel, e a sua ameaça de que a Nersant tem trabalhadores a mais, tem criado um ambiente de tensão entre funcionários, já que nesta altura do campeonato, em que a crise salta à vista, todos se sentem dispensáveis. Recorde-se que a Nersant tem 29 funcionários, distribuídos por vários sectores, e que uma parte significativa só tem trabalho se a associação estiver a funcionar em pleno, o que não é o caso desde que Domingos Chambel tomou posse. “Há pelo menos dois anos e meio que Chambel tem razão ao querer avançar para despedimentos. O problema é quando a Nersant voltar a ter uma actividade normal, como se espera; depois terá que voltar a contratar e nessa altura terá que dar formação quando, de verdade, o actual quadro de pessoal é o indicado, é o mais bem preparado”, diz outra fonte que O MIRANTE ouviu e que também já fez parte dos órgãos sociais.
“Quem quiser avaliar o trabalho de Domingos Chambel procure informação sobre o seu relacionamento com o director executivo da Nersant, António Campos, assim como com a forma como ele o afrontou logo que tomou posse”, acrescenta (ver caixa ao lado).

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