Opinião | 08-02-2023 12:00

Os pândegos do megafone, o folclore das rendas sociais e os melhores terroristas do mundo

Emails do outro mundo

Indecoroso Serafim das Neves

Indecoroso Serafim das Neves
Se fosse júri de um concurso, tipo A Casa do Deita Abaixo, e tivesse que escolher entre o Governo e os sindicalistas da função pública que sorriem de genuína satisfação ao anunciarem que fecharam centenas de escolas e fizeram adiar milhares de consultas, cirurgias e tratamentos, o que faria?
Dei por mim a pensar nisso e a reflectir sobre o dilema de entregar crianças para educar ou velhotes para tratar, a alguns desses representantes de classe, digamos assim, que vemos nas televisões a gritar desalmadamente de megafone em punho.
As aselhices de ministros, secretários de Estado, deputados e outros políticos, apesar de nos fazerem rir, ficam caras, mas as actividades lúdicas destes activistas também não nos saem baratas.
É verdade que há por ali algum sentido de humor, eu sei. Pelo menos quando dizem que estando a fechar escolas estão a ensinar ou quando explicam que estão a salvar o Serviço Nacional de Saúde paralisando hospitais. É humor negro, mas é humor, caramba!! E não é menos negro que o do Governo quando despeja camiões de euros em bancos falidos e na TAP para salvar o país. Enfim, uma carrada de pândegos que, por serem tão bons, nos custam os olhos da cara.
Por falar em pândegos, há também aquele que ameaçou matar o Marcelo se ele não lhe desse um milhão de euros e lhe mandou uma bala por carta. Foi uma animação para polícias, serviços secretos, jornais, televisões e redes sociais. E nem sequer lhe pagaram nada. Será que o Presidente lhe vai dar uma medalha no 10 de Junho?
A ele e ao outro que se preparava para mandar uma universidade pelos ares com umas bombinhas de Carnaval. Afinal é graças a estes excêntricos que Marcelo pode dizer, como costuma dizer em relação a outras actividades, que temos os melhores terroristas do Mundo.
A habitação social de Azambuja voltou a ser notícia, por a maioria das sessenta famílias que lá mora não pagar renda. Uma câmara que, numa qualquer empreitada gasta de meio milhão para cima fora as derrapagens nos custos, trabalhos a mais e coisas do género, não pode meter o prejuízo de rendas de trinta ou quarenta euros no rol dos incobráveis e dedicar-se a coisas mais interessantes?
E não pode pedir o pagamento das rendas por débito directo ou retenção na fonte, seja pelos patrões dos inquilinos ou da Segurança Social? Não há ninguém com ideias lá nos serviços ou o folclore anual das rendas por cobrar faz parte do programa de animação cultural?
A ministra da Agricultura voltou a nomear uma pessoa que não devia ter nomeado. Depois da secretária de Estado da Agricultura foi a sub-directora geral de Veterinária que foi acusada de várias tropelias e aguarda repetição de um julgamento que foi anulado. De manhã, Maria do Céu Antunes disse que não havia problema algum com a nomeação e à tarde a senhora demitiu-se devido ao tal problema. Nada de grave. Um engano ou dois qualquer um tem. E não será por isso que a agricultura ficará sem ministra. E que falta ela faria agora, que é altura de colher nabos!!
Um abraço agrícola
Manuel Serra d’Aire

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