O Extremismo dos Moderados
Pensam certamente os nossos políticos alegadamente moderados e exageradamente modernaços que é empurrando o povo, por força da lei, que conseguem levar a cabo a revolução cultural que lhe querem impingir. O problema é que os empurrões dados ao povo, em vez de o fazer correr, fazem-no cair... O pior depois é levantá-lo do chão.
Sobre o bom senso disse Descartes: “O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-la em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aqueles que têm.”
Talvez seja esta a explicação para os partidos que se auto-denominam moderados e representantes do centro político não perceberem a sua falta de senso no tratamento de alguns temas fracturantes que levam o homem comum a radicalizar-se e a votar em partidos extremistas.
Com efeito, na área dos costumes, nós estamos a assistir à adopção de uma agenda aceleradamente fracturante por parte dos partidos que se auto-denominam moderados e centristas, pretendendo impor, por força da lei, ao povo uma mundovisão cultural que é contrária ao que a maioria das pessoas espontaneamente pensa.
Pensam certamente os nossos políticos alegadamente moderados e exageradamente modernaços que é empurrando o povo, por força da lei, que conseguem levar a cabo a revolução cultural que lhe querem impingir. O problema é que os empurrões dados ao povo, em vez de o fazer correr, fazem-no cair... O pior depois é levantá-lo do chão.
É, por isso, natural que o homem comum se comece a refugiar em partidos extremistas que lhe prometem combater os extremismos culturais que lhe querem impor os partidos centristas e que se auto-denominam de moderados.
Como diz o povo, nem oito nem oitenta. E devia ser este o princípio sensato que devia ser seguido pelos partidos moderados e centristas, caso pretendam combater os extremismos. É que a melhor maneira do combater os extremismos, é precisamente não ser extremista.
Santana-Maia Leonardo