Opinião | 03-05-2023 21:00

Cus femininos ao léu que rebentam a lei da paridade e o inalienável direito de saber ler mas não praticar

Emails do outro mundo

Arrojado Serafim das Neves

Arrojado Serafim das Neves
Aqui há dias, as televisões e jornais mostraram em todo o seu esplendor três cus jovens, sem cuecas, que os participantes na celebração dos 50 anos do PS puderam apreciar num momento mais descontraído da festa.
Eram dois cus femininos e um masculino, o que representa uma ultrapassagem em grande do sistema de quotas, implementado há anos na política e alargado depois a mais sectores, que obriga a uma presença feminina por cada duas masculinas, se não estou em erro.
A exibição dos três rabiosques, serviu, segundo os donos dos mesmos, para protestar contra o facto de o partido aniversariante não fazer “um cu”, estou a citar, pelo clima. E o protesto ocorreu 31 anos depois de uma mostra idêntica, mas pelo fim das propinas universitárias.
Para além da continuidade do método do cu ao léu para protestos feitos por jovens - o que se compreende por ainda terem rabos viçosos e apresentáveis, digamos assim - é de assinalar que o rabo feminino ganhou terreno nessa área de uma forma avassaladora.
Em 1992 os quatro cus exibidos para as câmaras, gritando não pagamos, eram todos masculinos. Agora com os dois femininos e apenas um masculino ultrapassou-se também a norma da paridade, acho que é assim que se diz.
Por manifesta ignorância, não meto nestas estatísticas cus transgénero ou transgénicos ou lá o que é, nem outros cus do universo arco-íris, mas lá chegará o tempo em que terei de contar com eles.
Andava intrigado com uma vizinha que, de vez em quando, vai para a varanda de cu ao léu. Andava, mas já não ando. Quem havia de dizer que tenho, do outro lado da rua, uma tão empenhada activista do clima? Abençoado seja o activismo, diria o meu avô se assistisse a tão generoso gesto.
Dizes-me no teu último e-mail, que, Pedro Magalhães Ribeiro, foi condenado a multa e ao pagamento de uma indemnização, por se ter referido, quando era presidente da câmara do Cartaxo, aos “neo-nazis do Chega”... Portugal não está perdido. Ainda há tribunais onde o respeitinho continua a prevalecer sobre a liberdade de expressão. Este forrobodó de cada um dizer o que quer é que dá cabo da democracia... como dirá qualquer bom chefe de família.
O Instituto Nacional de Estatística revelou que perto de 60% dos portugueses com mais de 16 anos não leu um livro o ano passado. Deve ser verdade e eu até acrescentaria, sem medo de errar, que nem no ano passado, nem nunca. Mas isso não afectou as suas vidas porque quase todos confessaram estar satisfeitos e felizes queixando-se apenas de ganharem pouco.
A maioria dos que não pegam num livro diz que é porque não quer e isso diz muito sobre a liberdade conquistada no 25 de Abril, já lá vão 49 anos. Antes, muitos não liam porque eram analfabetos. Agora não lêem por vontade própria. Sabem ler mas não praticam. São leitores não praticantes. E foi também por eles e pelos seus direitos que foi feito o 25 de Abril.
Acabou-se a discriminação fascista e elitista. Já não é preciso queimar as pestanas ou derreter neurónios a ler calhamaços para se ser especialista, seja do que for. E eles aproveitam... oh, se aproveitam!!! Falam de medicina, astrofísica, futebol, economia, cinema, política, justiça, sexologia, táctica militar, história, mecânica, música...eu sei lá!!!
Saudações libertárias
Manuel Serra d’Aire

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