Opinião | 03-12-2023 16:47

O Regresso do Diabo

Falar da integração dos imigrantes na sociedade portuguesa dá vontade de rir. A população imigrante, mesmo que se queira integrar já não tem como, porque a população portuguesa activa está a desaparecer. E não vale a pena alvitrar soluções miríficas e mirabolantes, porque já ultrapassámos o ponto de não retorno.

É extraordinário como se continua a debater no comentário político, nas mesas do café e nas redes sociais a vinda ou não do Diabo anunciada pelo seu profeta e dedicado primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

Infelizmente o Diabo já veio há muito tempo e gostou tanto deste povo e deste país que fixou aqui residência. Desde o tempo dos romanos que somos desgovernados pelo Diabo.

Basta olhar à nossa volta. Portugal é hoje um doente idoso em fim de vida, nos cuidados intensivos, ligado à máquina de oxigénio da UE. Quando a Alemanha decidir desligar a máquina, Portugal, no sentido de uma nação a que corresponde um território, desaparece do mapa.

Nenhum país consegue sobreviver ancorado numa população onde os reformados e os dependentes do Orçamento do Estado crescem de forma assustadora e os jovens, que são a base de sustentação de qualquer sistema social de um país viável e civilizado, desaparecem de forma ainda mais assustadora.

Basta, aliás, ouvir as promessas dos políticos portugueses em campanha eleitoral. Todos apostam as suas fichas eleitorais nos reformados e pensionistas. E porquê? Porque este é o eleitorado português.

Ora, para um povo com um eleitorado com esta composição, cada ano que passa é mais um prego no caixão. É a lei da vida.

E, para quem acha que estou a dramatizar, basta ouvir o discurso sobre a imigração dos comentadores e dirigentes políticos portugueses. Todos eles falam dos imigrantes como de pão para a boca. O território esvazia-se de portugueses e a solução é colonizá-lo com levas em massa de imigrantes.

Os imigrantes não vêm apenas para dar resposta à escassez de mão-de-obra ocasional ou sazonal. Vêm, em massa, com as suas famílias, para ocupar um território despovoado. Ainda recentemente Lula da Silva disse o óbvio: em breve, em Portugal, há mais brasileiros do que portugueses.

Neste contexto, falar da integração dos imigrantes na sociedade portuguesa dá vontade de rir. A população imigrante, mesmo que se queira integrar já não tem como, porque a população portuguesa activa está a desaparecer.

E, não vale a pena alvitrar soluções miríficas e mirabolantes, porque já ultrapassámos o ponto de não retorno. Com efeito, neste momento, já está em curso um acelerado e irreversível processo de substituição de um povo, em vias de extinção, por uma imensa população imigrante.

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