Opinião | 14-03-2024 15:00

O senhor 2 milhões

O senhor 2 milhões
Pedroso Leal herdou um presente envenenado de Domingos Chambel e não está a conseguir recuperar o tempo perdido e a confiança da banca. Em algumas situações, em vez de resolver os conflitos que Domingos Chambel criou na sua gestão, está a seguir a mesma postura arrogante do seu antecessor

À margem / opinião

António Pedroso Leal foi o dirigente escolhido para tentar salvar a gestão desastrosa de Domingos Chambel, que fez questão de abandonar o barco mas propor-se para ficar como presidente da assembleia-geral da associação. Bem contado, Pedroso Leal só ganhou estatuto para ser candidato a liderar a Nersant porque aceitou a omnipresença de Domingos Chambel, que assim não saiu pela porta pequena e ficou lá dentro, no cargo de pompa e circunstância, a controlar os estragos que fez e as inimizades que semeou. Seis meses depois de ter tomado posse, e depois de ter anunciado publicamente que tinha dois milhões para distribuir em publicidade pela comunicação social, eis que Pedroso Leal começa a mostrar que ninguém faz omeletes sem ovos. Se a Nersant não tem dinheiro e Chambel não pode continuar a financiar do seu bolso uma associação de empresários, então alguém tem que nos ajudar... com dois milhões de euros... Não é assim que está redigida a convocatória mas para lá caminha. O senhor dois milhões deve ser como, no futuro, deverá ficar conhecido o testa de ferro de Domingos Chambel, o típico empresário que acha que o dinheiro o ensina a falar.

Crise na Nersant: Pedroso Leal herdou presente envenenado de Chambel mas tem postura arrogante como a do seu antecessor

Nersant está sem condições para aceder ao crédito bancário e gestão da associação corre o risco de depender de favores do poder político de Torres Novas. Pedroso Leal tem dado uma no cravo e outra na ferradura. Diz que a Nersant é de todos os associados mas com algumas empresas e colegas de direcção, com quem Domingos Chambel entrou em conflito, mantém e alimenta as brigas. Crise na Nersant obriga a convocatória de assembleia-geral extraordinária para, entre outros assuntos, “análise da difícil situação financeira da Nersant” e “Decisão sobre eventuais medidas EXCEPCIONAIS face à actual situação financeira da Nersant”.

A crise financeira provocada pelos três anos de gestão do empresário de Abrantes, Domingos Chambel, à frente da direcção da Nersant, está a começar a ser um sinal de alarme na Associação Empresarial da Região de Santarém. A nova direcção, dirigida por Pedroso Leal, eleito por apenas 80 votos nas eleições de 21 de Agosto de 2023, acaba de convocar os associados para uma assembleia-geral cuja ordem de trabalhos é a prova da irresponsabilidade dos últimos anos de presidência de Chambel. Pedroso Leal e a sua direcção querem discutir com os associados a “Análise da difícil situação financeira da NERSANT” e “Decisão sobre eventuais medidas EXCEPCIONAIS face à actual situação financeira da NERSANT”.
Na carta em que segue a convocatória dirigida aos associados, a direcção começa por reconhecer que a assembleia é convocada face à “situação financeira difícil que a associação atravessa”. A assembleia está marcada para 20 de Março às 17h00.
Pedroso Leal tem tentado apresentar trabalho mas aparentemente está nas mãos de Domingos Chambel que, de forma irresponsável, geriu a Nersant durante três anos e em vez de trabalhar financiou a associação com dinheiro do seu próprio bolso, zangou-se com toda a gente, inclusive os seus colegas de direcção, e chegou a proibir a comunicação social, nomeadamente O MIRANTE, de assistir a uma conferência de imprensa onde foi desmentir aquilo que era uma evidência, que era a má relação com o director executivo, as dificuldades financeiras e a falta de crédito da banca.
Entretanto, Pedroso Leal não parece ter dado pelo facto de a associação estar à deriva e das consequências da má gestão de Domingos Chambel. A direcção de Pedroso Leal está a pedir a alguns associados que voltem a pagar as quotas e a outros está a tentar afastar com esquemas parecidos com os de Domingos Chambel, o que não abona nada a seu favor nem ao que se esperava dele. O MIRANTE tem falado com alguns associados que se desligaram e perderam a esperança de ver a Nersant ao nível daquilo que já foi, mas a convicção generalizada é de que Pedroso Leal não soube ler e tirar conclusões do número de votantes da última assembleia-geral que deverão ter sido na ordem das três centenas mas só 80 é que votaram a favor da lista única ao acto eleitoral. Os estatutos da Nersant não prevêem votos contra pelo que a grande maioria dos associados ou se absteve ou anulou o voto.

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