O adeus de Ricardo e o que aí vem
A saída de Ricardo Gonçalves da presidência da Câmara de Santarém está para breve e o mais certo é que o autarca não desaproveite a oportunidade que o Governo do seu partido lhe estendeu.
À margem/opinião
A saída de Ricardo Gonçalves da presidência da Câmara de Santarém está para breve e o mais certo é que o autarca não desaproveite a oportunidade que o Governo do seu partido lhe estendeu, ao oferecer-lhe a presidência do IPDJ. A sua partida pode ter consequências na aliança entre PSD e PS que gere a autarquia, que até à data tem funcionado sem sobressaltos de maior. Mas com o aproximar das eleições e a necessidade de clarificar posições e separar as águas perante o eleitorado, não surpreenderá se começarem a surgir atritos que levem a uma ruptura antes da pré-campanha eleitoral. O próximo orçamento camarário pode ser um momento para testar a solidez dessa aliança que muitos consideraram contranatura.
Ricardo Gonçalves pode trocar Câmara de Santarém pela presidência do IPDJ
Ricardo Gonçalves está a ponderar o convite do Governo para assumir a presidência do Instituto Português do Desporto e Juventude. O autarca já tinha assumido que não iria levar o mandato de presidente da Câmara de Santarém até ao fim e pode sair já em Setembro.
O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), disse a O MIRANTE que está “a ponderar” o convite que lhe foi endereçado pelo Governo para assumir a presidência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). O autarca social-democrata, a cumprir o seu terceiro e último mandato como presidente eleito, confirmou ao nosso jornal que foi convidado pelo Governo para suceder a Vítor Pataco à frente do IPDJ e disse que está a ponderar essa possibilidade. O autarca não quis adiantar mais comentários nem qual o momento para, eventualmente, deixar as funções autárquicas, embora se fale no mês de Setembro.
Ricardo Gonçalves já tinha assumido publicamente que não iria levar o mandato até ao fim. Em entrevista a O MIRANTE publicada em Março último, o autarca dizia que deixaria a autarquia, o mais tardar, depois da apresentação de contas de 2024, na próxima Primavera. “Vamos entrar num novo ciclo a nível nacional, vão sair várias dezenas de autarcas que entraram em 2013 e, portanto, é tempo de entrarem outros protagonistas. É uma decisão amadurecida e falada já há algum tempo”, declarava. A estratégia passa também por dar tempo ao vice-presidente João Teixeira Leite para se afirmar como líder da autarquia e cabeça de lista do PSD às autárquicas de 2025.