Sai primeiro a ministra da Saúde ou a administração da ULS Lezíria? Aceitam-se apostas!
Fundamentado Manuel Serra d’Aire
Fundamentado Manuel Serra d’Aire
É velhinho e corriqueiro o esquema de atirar uns nomes ao ar quando se trata de especular sobre quem vai ocupar determinado cargo importante e bem remunerado na administração pública, no Governo ou até nas listas de candidatos a qualquer coisa que valha a pena. Quer-se bloquear o caminho a alguém, queimar esta ou aquela figura? Sopra-se o nome com a força suficiente para chegar às redes sociais ou às páginas dos jornais e, num ápice, lá se vai o putativo candidato, tivesse ele ou não aspirações a ser isto ou aquilo. O segredo é a alma do negócio também no mercado da distribuição de cadeiras douradas e os vendedores de ilusões sabem bem disso.
Dou-te o exemplo do que se passa com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, que gere o Hospital Distrital de Santarém. A administração foi nomeada no final do último Inverno, mas há muito que se vaticina que não chega ao próximo. Não, não se trata de nenhuma epidemia por aquelas bandas, nem os administradores, ao que sei, sofrem de qualquer problema de saúde. Mas como o Governo mudou entretanto, parece que a administração, nomeada pelo anterior Governo socialista, também tem de mudar. Como diz o povo: faz parte!
Tudo isto para dizer que têm sido muitos os nomes postos a circular para assumirem a dita administração da ULS da Lezíria. Tantos que a própria ministra da Saúde deve estar (ainda mais) confusa. Com tanta gente já incinerada, quem lhe restará para nomear? Isto se a ministra conseguir aguentar mais tempo em funções do que a própria administração hospitalar, a quem já fizeram o funeral há uns bons meses e lá vai continuando ligada à máquina.
Situação semelhante passa-se com a escolha do cabeça-de-lista do PS à Câmara de Santarém, nas eleições autárquicas do próximo ano. Só que aí os nomes ventilados não abundam, bem pelo contrário. Os rumores apontam todos para o actual presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro. O que me leva a extrair duas conclusões, que até convivem pacificamente uma com a outra: ou o PS de Santarém não tem mais nenhum nome ganhador para apresentar a votos como cabeça-de-cartaz na capital de distrito; ou é o próprio Pedro Ribeiro que pôs a circular o seu nome, esperançado, talvez, que assim os camaradas escalabitanos mais críticos de uma escolha de além-Tejo o ‘queimem’ e lhe possibilitem furtar-se à refrega eleitoral em Santarém, para a qual o partido parece querer atirá-lo. Mas isto sou eu a dizer, que não sou comentador político, nem de bola...
Por esse motivo também não posso adiantar grandes conjecturas sobre o gasoso mistério que envolve as instalações da Segurança Social em Santarém, fechadas há mês e meio devido a alegados problemas na qualidade do ar. Mas se o problema são gases, maus ares ou inadvertidas flatulências, a única coisa que posso recomendar é que sigam os conselhos daquela publicidade que vai passando regularmente na TV. Parece que aquelas gotas cor-de-rosa fazem milagres e a nossa Segurança Social bem precisa…
Um sólido abraço do
Serafim das Neves