Opinião | 23-07-2025 10:00

Motivo de orgulho agrícola, é sermos os maiores produtores europeus de liamba e os segundos do mundo

Emails do outro mundo

Preclaro Serafim das Neves

Preclaro Serafim das Neves
Pelo que diz a Polícia Judiciária, as ervinhas, digamos assim, de Mação, a que alguns chamam canábis e outros liamba ou marijuana, estão a ser fumadas por europeus e africanos, em vez de estarem a ser usadas pela indústria farmacêutica, como tinha sido anunciado, quando foi autorizado o seu cultivo.
Sendo Mação a capital do presunto, já era de lamentar que as tais ervinhas, não fossem utilizadas para a produção de bom presunto fumado. Saber que, em vez disso, andam a ser vendidas ilegalmente, deixa-me abatido.
Portugal é o maior exportador de canábis da Europa, e o segundo do Mundo, a seguir ao Canadá. Mas esta classificação refere-se apenas às exportações legais. Tendo em conta as duas toneladas de ervinhas apreendidas em Mação e outras tantas, no mesmo dia, em Grândola, é bem provável que já sejamos o maior produtor mundial.
E se isso é verdade, porque é que o Governo não diz nada?! Porque é que o Presidente Marcelo se cala?! Não têm orgulho nos nossos feitos agrícolas?! E a CAP, Confederação dos Agricultores de Portugal, que tanto fala de milho, nabos, abóboras e batatas, porque é que também discrimina esta importante cultura??!!
A Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas diz que a vindima deste ano vai ser mais dramática que a do ano passado e aponta, entre outras razões, a queda do consumo de vinho resultante das campanhas anti-vinho.
E eu concordo. Pelo menos aquela campanha de aumentar os preços todos os dias, tem resultado comigo. Basta-me entrar na secção de vinhos de qualquer supermercado, para me tornar abstémio durante muito tempo.
Mas, por mais dramáticas que sejam as vindimas, penso que não me irei endividar, nem embebedar, só para salvar o sector. Não tenho estofo de herói, como sabes. E se o Governo começar a dar subsídios para desdramatizar as vindimas, espero que, pelo menos, alguém se lembre de controlar a taxa de alcoolemia… dos ministros.
Termino com uma referência ao comércio. Para manter a tradição, as compras online continuam a seguir as regras dos antigos merceeiros, que nunca diziam que não havia o produto que o cliente queria, apresentando sempre uma alternativa. Era do género: não temos papel higiénico, mas temos lixa nº 3 que faz o mesmo efeito.
Agora fazes uma pesquisa por qualquer produto e aparecem-te trezentos e quarenta e sete mil outros, menos aquele de que precisas. Sim, é tudo mais moderno e tecnologicamente avançado, mas, felizmente, mantiveram-se as tradições.
E os programas de modernização da administração pública, seguem o mesmo princípio. Em vez de acabarem com a burocracia do papel e do mau atendimento presencial, digitalizaram-nos.
Basta aceder a qualquer site dos serviços para confirmar. Uma evolução. E agora até é mais divertido porque, em vez de andarmos, de papelaria em papelaria, à procura do imprescindível impresso da Casa da Moeda, temos que passar horas no carrossel dos menus e sub-menus à procura dele.
Saudações tecnologicamente avançadas
Manuel Serra d’Aire

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