Opinião | 24-09-2025 21:00

A arte de cavalgar toda a sela de João Moura e uma entusiasmante candidata despida de preconceitos

Emails do outro mundo

Sempre alerta Manuel Serra d’Aire

Sempre alerta Manuel Serra d’Aire
À data em que escrevo esta missiva ainda não consegui sacudir o espanto que me causou a notícia de que vem aí um mega investimento para a zona de Abrantes, com a criação de um centro de processamento de dados, que envolve números astronómicos de 7 (sete) mil milhões de euros. São quase tantos euros como a actual população mundial. Tantos, tantos que quando o anúncio do montante foi divulgado pela comunicação social, fiquei de pé atrás. Porque se a esmola é grande, o pobre desconfia. Além disso, não é a primeira vez que para os mesmos terrenos, nas proximidades da central do Pego, é anunciado um fabuloso empreendimento. Basta recuar década e meia e recordar que um conhecido empresário, a quem alcunharam de Barão Vermelho, pretendia investir à volta de mil milhões de euros num complexo para produzir painéis solares. Com o beneplácito dos poderes central e local.
Agora temos uma reedição do filme, multiplicada por sete no que toca aos bilionários números, de mais uma grandiosa façanha do nosso tecido empresarial. O que me leva a concluir que Abrantes está para a atracção deste tipo de manifestação de intenções como a Cova de Iria esteve em tempos para a aparição de divindades. Com a ressalva de que, em Fátima, apesar de as aparições terem tido poucas testemunhas e de haver muita gente que delas duvida, foi erigido, ao longo de décadas, um conglomerado de base religiosa que gera dinâmica económica e factura à grande, entre comerciantes e santuário. Já em Abrantes, que se saiba, e até à data, para além dos milhares de milhões anunciados, só restam uns pavilhões que servem de memorial das aventuras empresariais do Barão Vermelho por terras ribatejanas e mais uma promessa de grandiosos e milionários feitos.
Ao que consta, uma candidata do Chega à Câmara da Chamusca tem conta numa plataforma online de conteúdos para adultos onde se despe de preconceitos e disponibiliza para apreciação imagens suas em trajes menores, acessíveis pelos mais curiosos ou interessados a troco de uns míseros euros. Confesso que não conhecia tal plataforma nem tal candidata, mas tenho simpatia pela ideia e abjuro quem quer fazer disto um caso. Não só porque aprecio a beleza feminina ao natural, mas também porque admiro candidatas que são livros abertos e nada têm a esconder. O que já não acontece com alguns colegas de partido da jovem candidata, cujas façanhas vindas a lume não são dignas de grande entusiasmo.
O empresário e secretário de Estado da Agricultura, João Moura, é mais um político de Ourém que anda nas bocas do mundo por causa dos negócios. Não deixa de ser irónico que o governante seja homónimo de um cavaleiro tauromáquico, que fez furor há algumas décadas, e também tenha algumas ligações ao mundo equestre. Assim sendo, aconselho-o a ler a célebre obra “O Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela”, escrita por D. Duarte I de Portugal, antes que caia do cavalo abaixo e se espalhe ao comprido, como aconteceu com os seus conterrâneos Paulo Fonseca e António Gameiro…
Um adeus a toda a brida do
Serafim das Neves

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