Opinião | 19-11-2025 21:00

O caminho de cabras como pilar da segurança rodoviária e a famosa queda da cadeira com réplicas em Samora

Emails do outro mundo

Inconfundível Manuel Serra d’Aire

Inconfundível Manuel Serra d’Aire
É rara a semana que neste semanário não são publicadas notícias sobre as reivindicações das populações em relação ao arranjo de estradas, ruas, travessas e afins. O alcatrão continua a ser um produto muito cobiçado, porque ninguém gosta de circular por estradas esburacadas que dão cabo de amortecedores e pneus. Ou melhor, quase ninguém, porque ali para as bandas de Torres Novas - qual irredutível gaulês dos tempos de Astérix e Obélix -, um cidadão impediu que as máquinas contratadas pela câmara asfaltassem uma estrada que precisa de ser remendada, alegando que parte da via está em terreno seu. E, ali, asfalto não entra! Haja quem zele pela nossa tradição e património seculares, de que os velhos caminhos de cabras são um excelso exemplo. E com a vantagem acrescida de serem um precioso aliado da segurança rodoviária. Já alguma vez ouviste falar de um choque em cadeia, de atropelamentos em passadeiras ou de excessos de velocidade num caminho de cabras cheio de crateras?
Manel admiro a tua curiosidade e paciência para te dares ao trabalho de ler com atenção a composição de um gelado de morango. Confesso que não tenho esse hábito e o mais longe que consigo ir nesse domínio é para averiguar a origem, as castas e o grau do vinho no rótulo de uma garrafa de tinto. Porque os nomes impronunciáveis daquelas substâncias nada me dizem e assim prefiro que continue a ser. Sou um analfabeto no que toca à composição de gelados de morango e de outros sabores, tal como de inúmeras outras guloseimas doces ou salgados. Mas isso não significa que integre a elevada percentagem de portugueses que não consegue interpretar e compreender um texto que tenha mais de meia dúzia de linhas. Só que prefiro ler coisas mais apelativas, que não me façam regressar por instantes às pouco saudosas aulas de Química dos tempos do liceu.
Foi por isso que li, com curiosidade e espanto, que dois eleitos do Chega caíram da cadeira durante a tomada de posse da nova Assembleia de Freguesia de Samora Correia. Um episódio caricato com reminiscências que remontam aos anos 60, quando houve uma famosa queda da cadeira que acabou com a longeva carreira de um político ainda hoje muito querido por certa gente que nunca viveu no seu tempo.
O que se passou em Samora naquela noite de tomada de posse? Terá sido encenação para abrilhantar a cerimónia? Saudosismo serôdio? Uma réplica tardia do salazarento acidente? Ou só mesmo uma enorme coincidência? Aceitam-se apostas! A verdade é que ainda agora começou o mandato e logo começaram autarcas a tombar da cadeira. Já não se fazem políticos como os de antigamente, que aguentavam décadas no poleiro ou, pelo menos, quase tanto tempo como o que leva Joaquim Rosa do Céu a mandar na Fundação José Relvas em Alpiarça…
Um brinde de São Martinho do
Serafim das Neves

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